3 plantas que muita gente tem em casa e são verdadeiros tesouros nutricionais

Um estudo da USP revelou que algumas plantas comuns no quintal ou na feira, e muitas vezes ignoradas, carregam nutrientes em níveis comparáveis ou superiores aos de verduras populares, como o espinafre.

Conheça as três espécies que vêm chamando atenção de pesquisadores e podem transformar a sua alimentação com mais fibras, minerais e proteínas.

1) Taioba: a estrela escondida no quintal

A taioba tem se destacado como uma das plantas mais nutritivas da família das Pancs. Avaliada por pesquisadores em diferentes regiões de São Paulo e Minas Gerais, ela apresentou teores elevados de minerais essenciais, superando até mesmo vegetais amplamente consumidos no Brasil. 

Sua concentração de ferro, cálcio, cobre e fósforo chama atenção especialmente pela consistência: mesmo após o cozimento, os valores permanecem estáveis.

Muito além dos minerais, a taioba também entrega o dobro de proteínas em comparação ao espinafre-da-nova-zelândia, vegetal tradicional na mesa brasileira. Rica em fibras e vitamina C, ela contribui para o bom funcionamento do intestino, fortalece o sistema imunológico e participa de processos de renovação celular.

Esses aspectos fazem da taioba um aliado importante para quem busca uma dieta equilibrada e variada.

O potássio e o magnésio presentes nessa hortaliça também desempenham papel importante na saúde cardiovascular e na prevenção do envelhecimento precoce. Por isso, especialistas têm recomendado inserir a taioba na rotina alimentar como alternativa nutritiva e acessível a outros vegetais verdes.

2) Ora-pro-nóbis: a “carne vegetal” que vai além do mito

Popularmente chamada de “carne vegetal”, a ora-pro-nóbis sempre chamou atenção por seu teor de proteínas. O estudo da USP confirma seu valor nutricional, mas desfaz um mito comum: a comparação direta com a carne bovina se baseia em massa seca, o que não reflete o consumo real do dia a dia.

Ainda assim, seus números impressionam, são 3,3 g de proteína por 100 g, mais que o espinafre tradicional.
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Além das proteínas, a ora-pro-nóbis é rica em fibras, cálcio e micronutrientes fundamentais para a imunidade, saúde óssea e digestiva.

Os pesquisadores observaram que seus níveis de cálcio podem ser até sete vezes maiores que os do espinafre comum, o que reforça seu potencial como alternativa vegetal para quem busca fortalecimento ósseo ou uma dieta mais rica e variada.

Outro ponto importante é sua versatilidade. A planta pode ser consumida refogada, em massas, sopas ou saladas, mantendo grande parte de seu valor nutricional mesmo após o cozimento. Isso a torna uma opção prática para o dia a dia e ideal para quem deseja explorar novos sabores com alta densidade nutricional.

3) Serralha: simples, acessível e muito nutritiva

Considerada por muitos como “planta de beira de estrada”, a serralha surpreendeu os pesquisadores ao apresentar teores consistentes de ferro, cálcio e fósforo, níveis comparáveis aos de verduras convencionais.

Apesar de ter concentrações menores de manganês e potássio, ela ainda figura como uma Panc poderosa, especialmente para quem busca mais variedade de micronutrientes no prato.

A serralha se destaca por ser uma planta de fácil cultivo e presente em diversas regiões, o que a torna uma alternativa acessível e sustentável para enriquecer a alimentação.

Seu sabor levemente amargo combina bem com preparos rápidos, como refogados, tortas e caldos, permitindo que ela seja incorporada sem dificuldade à rotina gastronômica.

Outro diferencial observado no estudo é que os valores nutricionais da serralha se mantêm relativamente estáveis mesmo após o cozimento. Isso torna seu consumo ainda mais vantajoso, já que ela preserva boa parte dos minerais essenciais que a tornam tão valiosa do ponto de vista nutricional.