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Cientistas descobrem que dormir bem previne o mal de Alzheimer

Boas noites de sono podem ser a chave para a prevenção da doença

Jenny Perossi

18/09/2025 às 06:35

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A chave está no sistema glinfático

A chave está no sistema glinfático | Imagem: Pexels

Alzheimer é uma doença que não possui cura e costuma vitimizar pessoas com idade mais avançada, mas diversas ações que tomamos no dia a dia, ainda jovens, podem prevenir ou desencadear a condição. E uma das mais fundamentais é o sono.

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O sistema glinfático foi descoberto recentemente e serve para "drenar" o cérebro (Imagem: Public Domain)
O sistema glinfático foi descoberto recentemente e serve para "drenar" o cérebro (Imagem: Public Domain)
A chave está no sistema glinfático (Imagem: Pexels)
A chave está no sistema glinfático (Imagem: Pexels)

Há tempos a ciência vem mostrando que dormir não é só uma maneira de descansar, mas um processo vital do corpo, e a falta de sono traz consequências catastróficas tanto para a saúde física quanto para a saúde mental.

Veja agora como o sono restaura o cérebro e qual é a importância de dormir bem para a prevenção do mal de Alzheimer.

Limpeza do cérebro

O segredo está no sistema glinfático. Nunca ouviu falar? Ele é como se fosse um sistema linfático específico para a região cerebral. Essa rede vascular serve para drenar proteínas e resíduos danosos para o cérebro.

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Sua descoberta é muito recente, foi feita pela neurocientista dinamarquesa Maiken Nedergaard em 2012, mas cientistas já relacionam esse sistema com diversas condições cerebrais.

Entre as substâncias danosas que o sistema glinfático drena está a beta-amiloide, uma proteína residual dos processos cerebrais. Quando não são eliminadas direito, essas proteínas se unem formando placas, que geram disfunção neurológica e neuroinflamação.

Essas condições são características do mal de Alzheimer, e a hipótese é reforçada por um artigo publicado por pesquisadores da Universidade Macquarie, na Austrália.

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E onde entra o sono? 

Os pesquisadores observam que é provavelmente durante o sono profundo que todo o processo de limpeza do sistema nervoso central, com a drenagem da beta-amiloides, ocorre pelo sistema glinfático.

Um outro estudo, citado pelos mesmos pesquisadores, mostrou que uma única noite de privação do sono é capaz de aumentar significativamente o nível da proteína no cérebro. Os resultados foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Próximos passos

Mesmo que pesquisadores já tenham identificado uma relação entre o sono e as condições do Alzheimer, mais estudos precisam ser feitos para entender as especificidades do sistema glinfátco.

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A primeira delas é que o estudo feito analisou apenas uma noite de privação do sono, e os efeitos da privação contínua do sono e poucas horas de descanso noturno por dia ainda não estão claros.

Além disso, os pesquisadores estão interessados em entender se combater a insônia com remédios para dormir pode reverter o quadro, ou se essa maneira de tratar problemas do sono não afetam o sistema glinfático.

O recado, contudo, já está dado: não despreze as noites de sono e jamais fique sem dormir, a menos que você queira desenvolver doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.

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