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A nova tecnlogia pode ser central para identificar a doença cedo | Freepik
Uma inovação brasileira acaba de ganhar reconhecimento internacional: pesquisadores da startup Huna, em parceria com o Grupo Fleury, desenvolveram uma ferramenta de inteligência artificial que identifica sinais sugestivos de câncer de intestino.
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Esses sinais são encontrados pela IA a partir de um simples hemograma, um dos exames mais comuns da rotina clínica.
O estudo, publicado no International Journal of Colorectal Disease, aponta que a tecnologia pode ajudar a encaminhar com mais precisão os pacientes que realmente precisam de uma colonoscopia, exame considerado padrão-ouro para investigação do intestino.
A equipe cruzou duas grandes bases de dados do Fleury, reunindo informações de 20 anos de exames.
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Eles mapearam todos os pacientes que realizaram colonoscopia nesse período e identificaram, entre eles, aqueles que também haviam feito um hemograma no mesmo dia ou até seis meses antes do exame intestinal.
A hipótese era clara: como tumores colorretais se desenvolvem lentamente, eles poderiam deixar “marcas” detectáveis no sangue meses antes de serem diagnosticados.
E os dados confirmaram a teoria. No total, 28.450 hemogramas foram analisados pela IA. Entre os pacientes, 439 tinham câncer já confirmado e outros 3 mil apresentavam adenomas avançados, lesões que podem evoluir para tumores malignos.
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Segundo o estudo, a ferramenta se mostrou mais específica que o teste tradicional de sangue oculto nas fezes, embora ambos sirvam apenas para indicar suspeita e não para fechar diagnóstico.
A inteligência artificial identifica padrões formados pela combinação de quatro marcadores:
A queda na hemoglobina, comum em tumores que consomem ferro, somada a alterações nos glóbulos vermelhos e a sinais de inflamação formam um “perfil típico” de quem tem maior risco de câncer colorretal.
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Sim. O câncer colorretal é um dos tipos que mais cresce no Brasil e no mundo. Segundo o INCA, ele está entre os três mais frequentes, afetando principalmente pessoas acima de 50 anos.
A doença costuma se desenvolver de forma silenciosa, o que aumenta o risco de diagnóstico tardio.
Os sintomas incluem alteração no hábito intestinal, sangue nas fezes, anemia persistente, perda de peso e dor abdominal. Entre os fatores de risco estão alimentação pobre em fibras, sedentarismo, tabagismo, histórico familiar e obesidade.
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Especialistas reforçam que exames de rastreamento são essenciais. A colonoscopia é recomendada a partir dos 45 ou 50 anos, dependendo do histórico familiar.
Já manter uma dieta rica em frutas, legumes e fibras, controlar o peso e praticar atividade física regularmente ajudam a reduzir as chances de desenvolvimento da doença.
A nova tecnologia brasileira não substitui exames tradicionais, mas pode se tornar uma ferramenta poderosa para identificar precocemente quem mais precisa de investigação, aumentando as chances de diagnóstico rápido e tratamento eficaz.
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Quando o assunto é novo tratamentos para o cancêr, um modelo tem se destacado ao usar som e âgua para combater a doença.
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