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Smartphones ganham cada vez mais resistência e colocam em xeque a utilidade das capinhas. | Reprodução/Redes Sociais
Com os recentes avanços na resistência dos celulares, cresce a discussão sobre a real necessidade das tradicionais capinhas de proteção. O design moderno e os novos vidros prometem combinar durabilidade com estética.
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Um jornalista da BBC colocou isso à prova ao passar um mês com seu smartphone sem capa. A experiência levantou uma dúvida comum: será que as capinhas vão realmente desaparecer do mercado nos próximos anos?
No teste, as conclusões apontaram que os novos materiais usados pelas grandes fabricantes já suportam quedas mais impactantes, dando mais confiança a quem prefere usar o aparelho "à mostra".
Já existe um grupo de usuários que defende celulares sem proteção extra. Para eles, a capinha esconde o design sofisticado dos aparelhos mais modernos. Além da estética, dizem que o manuseio melhora sem o acessório.
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Entre os entusiastas, exibir o smartphone sem proteção virou também um símbolo de status. Como disse um executivo do setor: “Parece insano ter um aparelho de luxo de US$ 1.000 e passar o dia todo tocando em uma capinha de plástico de US$ 30”.
Esse comportamento está se tornando cada vez mais comum, impulsionado pela confiança nas melhorias oferecidas pelas fabricantes de telas reforçadas e proteção contra quedas.
Boa parte das principais marcas, como Samsung, Xiaomi, Sony, Google e Motorola, passou a equipar seus modelos com Gorilla Glass, desenvolvido pela americana Corning. O processo químico de produção aumenta a resistência do vidro.
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Segundo a diretora tecnológica da Corning, "os smartphones de hoje são muito mais duráveis que os de uma década atrás". A evolução é tão grande que modelos recentes resistem a quedas de até 2,2 metros em testes de laboratório.
Um levantamento da seguradora Allstate revelou que em 2024 o número de aparelhos danificados nos Estados Unidos caiu 11% em relação a 2020. Isso reforça a percepção de que os celulares se tornaram mais robustos.
A revista Consumer Reports, que realiza avaliações de durabilidade há quase 90 anos, confirma essa evolução. Hoje, os testes de queda contra concreto mostram resultados positivos na maioria dos aparelhos modernos.
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O responsável pelos testes, Rich Fisco, afirma: "faz muito tempo que não vemos um telefone falhar no teste de queda. O vidro melhorou. Hoje em dia, eles parecem estar se saindo muito melhor".
Apesar do progresso, Fisco também levanta uma questão prática: cada usuário precisa decidir se vale correr o risco de usar o smartphone sem proteção extra.
No experimento pessoal do jornalista Thomas Germain, apenas uma queda significativa aconteceu durante os 30 dias. No vigésimo sexto, o celular escorregou por uma escada, batendo três vezes até parar no chão.
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O resultado foi surpreendentemente pequeno: um corte discreto na lateral do iPhone. A experiência mostrou que, sim, é possível viver sem capinha, mas a dose de coragem e sorte pode ser determinante.
Decidir usar ou não capinha vai depender do perfil de cada usuário. Quem prefere segurança total pode continuar fiel ao acessório, mas os mais ousados estão experimentando a sensação do uso livre.
A dúvida permanece: praticidade e estética merecem o risco? A experiência jornalística mostra que os smartphones de fato subiram de nível em resistência, mas a escolha final ainda é pessoal.
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Especialistas e usuários concordam que smartphones estão mais resistentes. No entanto, mesmo com toda a evolução, ainda não são indestrutíveis. O teste de Germain mostra que viver sem capinha é possível, mas exige confiança — e talvez um pouco de sorte.
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