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Colar a boca para dormir é seguro? Prática viral preocupa médicos

Especialistas mostram outros métodos que podem ajudar a qualidade do sono

Leonardo Siqueira

30/09/2025 às 16:49

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Antes de utilizar um método para combater os distúrbios do sono, um profissional da saúde precisa ser consultado

Antes de utilizar um método para combater os distúrbios do sono, um profissional da saúde precisa ser consultado | Freepik

Colar a boca antes de dormir é uma prática defendida por influenciadores e celebridades. A ação promete reduzir o ronco, melhorar a qualidade do sono, combater mau hálito e até “definir” a mandíbula. Mesmo assim, médicos indicam os riscos dessa prática. 

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O que alegam os especialistas?

Existem poucos estudos sobre a fita adesiva bucal, portanto, as comprovações sobre seus benefícios são menores ainda. A tira força a fisiologia respiratória durante o sono e causa a tensão na mandíbula, além de agravar os distúrbios do sono

O nariz funciona como um filtro natural: retém poeira e alérgenos antes que atinjam os pulmões. Respirar pela boca pode provocar boca seca, mau hálito e aumento do ronco. Em adultos saudáveis, porém, esse comportamento isolado raramente configura risco grave à saúde.

Além de filtrar partículas, a respiração nasal aquece e umidifica o ar inspirado, contribuindo para a eficiência das vias aéreas superiores. A respiração bucal suprime essas funções protetoras e favorece sintomas incômodos que afetam a qualidade do sono e do despertar.

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O que de fato ajuda contra o ronco

Em vez de adotar truques rápidos e não testados, médicos orientam medidas simples e com comprovação clínica para melhorar a respiração noturna e reduzir o ronco:

Evitar dormir em posição supina; dormir de lado costuma diminuir o ronco. Algumas pessoas recorrem a almofadas específicas ou a uma pequena bola de tênis costurada no pijama para desencorajar a postura de barriga para cima.

Reduzir o consumo de álcool nas horas que antecedem o sono, pois a substância relaxa músculos da via aérea e aumenta a propensão ao ronco.

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Procurar avaliação médica quando houver suspeita de apneia obstrutiva do sono ou roncos frequentes e intensos.

Considerar, sob orientação de especialista, dispositivos recomendados para casos específicos, como aparelhos bucais ajustados por dentistas do sono.

Nem tudo o que viraliza é seguro

A hashtag #mouthtaping contabilizou milhões de visualizações em plataformas como o TikTok, mas popularidade não equivale a segurança científica. Muitas tendências ganham força por razões comerciais ou de imagem, sem respaldo de estudos clínicos. 

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Em vez de apostar em “atalhos” potencialmente perigosos, a recomendação unânime dos especialistas é investigar a causa real dos roncos e das dificuldades respiratórias durante o sono.

A orientação final é direta: para noites mais tranquilas e seguras, a via correta é a avaliação por um médico do sono ou por um otorrinolaringologista, que podem diagnosticar problemas subjacentes e indicar intervenções eficazes e seguras.
 

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