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Antes de utilizar um método para combater os distúrbios do sono, um profissional da saúde precisa ser consultado | Freepik
Colar a boca antes de dormir é uma prática defendida por influenciadores e celebridades. A ação promete reduzir o ronco, melhorar a qualidade do sono, combater mau hálito e até “definir” a mandíbula. Mesmo assim, médicos indicam os riscos dessa prática.
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Existem poucos estudos sobre a fita adesiva bucal, portanto, as comprovações sobre seus benefícios são menores ainda. A tira força a fisiologia respiratória durante o sono e causa a tensão na mandíbula, além de agravar os distúrbios do sono.
O nariz funciona como um filtro natural: retém poeira e alérgenos antes que atinjam os pulmões. Respirar pela boca pode provocar boca seca, mau hálito e aumento do ronco. Em adultos saudáveis, porém, esse comportamento isolado raramente configura risco grave à saúde.
Além de filtrar partículas, a respiração nasal aquece e umidifica o ar inspirado, contribuindo para a eficiência das vias aéreas superiores. A respiração bucal suprime essas funções protetoras e favorece sintomas incômodos que afetam a qualidade do sono e do despertar.
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Em vez de adotar truques rápidos e não testados, médicos orientam medidas simples e com comprovação clínica para melhorar a respiração noturna e reduzir o ronco:
Evitar dormir em posição supina; dormir de lado costuma diminuir o ronco. Algumas pessoas recorrem a almofadas específicas ou a uma pequena bola de tênis costurada no pijama para desencorajar a postura de barriga para cima.
Reduzir o consumo de álcool nas horas que antecedem o sono, pois a substância relaxa músculos da via aérea e aumenta a propensão ao ronco.
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Procurar avaliação médica quando houver suspeita de apneia obstrutiva do sono ou roncos frequentes e intensos.
Considerar, sob orientação de especialista, dispositivos recomendados para casos específicos, como aparelhos bucais ajustados por dentistas do sono.
A hashtag #mouthtaping contabilizou milhões de visualizações em plataformas como o TikTok, mas popularidade não equivale a segurança científica. Muitas tendências ganham força por razões comerciais ou de imagem, sem respaldo de estudos clínicos.
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Em vez de apostar em “atalhos” potencialmente perigosos, a recomendação unânime dos especialistas é investigar a causa real dos roncos e das dificuldades respiratórias durante o sono.
A orientação final é direta: para noites mais tranquilas e seguras, a via correta é a avaliação por um médico do sono ou por um otorrinolaringologista, que podem diagnosticar problemas subjacentes e indicar intervenções eficazes e seguras.
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