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Como superar a mania de reclamar o tempo inteiro, segundo especialistas

Reclamar às vezes é um desabafo, mas quando isso vira rotina é hora de investigar

Lohe Duarte

03/06/2025 às 06:30  atualizado em 04/06/2025 às 12:20

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É comum se irritar com o trânsito, mas isso não pode virar um hábito

É comum se irritar com o trânsito, mas isso não pode virar um hábito | Imagem gerada por IA

Nem sempre a reclamação é ruim, todos nós soltamos um desabafo sobre o trânsito, sobre o transporte público, situação econômica do País, ou aquele colega que não colabora no trabalho. Este ato somente é considerado problemático quando se torna um hábito.

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Em entrevista ao Estadão,  o psicólogo Anderson Siqueira Pereira, doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) , fala sobre a diferença da reclamação “saudável” e da que devemos ligar um alerta.

Reclamar pode causar mudanças na estrutura do cérebro
Reclamar pode causar mudanças na estrutura do cérebro
Fazer terapia ajuda a mudar o hábito de reclamar
Fazer terapia ajuda a mudar o hábito de reclamar
A meditação ensina o cérebro a observar os pensamentos e emoções sem julgamento, diminuindo a reatividade e o foco no negativo (Fotos: Freepik)
A meditação ensina o cérebro a observar os pensamentos e emoções sem julgamento, diminuindo a reatividade e o foco no negativo (Fotos: Freepik)

“Pode ser válido quando usamos essa verbalização para mobilizar ajuda, comunicar um problema ou refletir sobre uma insatisfação”, comenta. Ele ainda ressalta que,se a reclamação for o único movimento que fazemos, sem ação ou busca por soluções, isso pode aumentar a sensação de desamparo e nos paralisar diante das dificuldades.

Existe uma questão de personalidade, pessoas que sentem prazer em reclamar, e reclamam de absolutamente tudo.

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Passou do ponto, identifique os sintomas

Estudos indicam que o ato de lamentar-se pode causar mudanças estruturais no cérebro que dificultam a resolução de problemas e na função cognitiva. Os reclamantes adquirem dificuldades na resolução de problemas, na tomada de decisões ou no planejamento – o que gera ainda mais lamúrias e frustrações.

O excesso de queixas diárias pode estar correlacionado com sintomas de ansiedade e depressão. Especificamente, com pensamentos intrusivos, ruminação, baixa autoestima, cansaço e fadiga mental. Portanto,reclamar de tudo tende a trazer mais pessimismo e tornar a pessoa  menos resiliente diante das adversidades.

Mude o foco, reprograme o cérebro

Ter consciência do hábito de reclamar incessantemente e tentar mudá-lo é fundamental para melhorar a qualidade de vida. Faz parte do crescimento pessoal de cada indivíduo e que pode ser reforçado com o apoio da terapia psicológica.

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A seguir, explicamos algumas das formas de interação e enfrentamento mais recomendadas na consulta psicológica, para te ajudar a mudar o hábito:

Mindfulness e meditação: Essas práticas ensinam o cérebro a observar os pensamentos e emoções sem julgamento, diminuindo a reatividade e o foco no negativo. A meditação regular fortalece o córtex pré-frontal, importante para fortalecer nosso autocontrole emocional.


Pratique a gratidão: Focar a atenção no momento concentrando no que temos/conseguimos promove a gratidão. Registrar coisas pelas quais podemos nos sentir gratos em um diário ajuda a mudar a perspectiva.

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Procure soluções: Fazer, por exemplo, uma lista de possíveis ações para melhorar uma situação nos dá uma sensação de controle e reduz a frustração.


Preste atenção às próprias palavras: A psiconeurolinguística nos ensina que estar ciente da linguagem que usamos e modificá-la para que seja mais positiva ou neutra pode nos ajudar a mudar nosso padrão de pensamento.

Estabeleça limites com outras pessoas: Este é um mecanismo de proteção. Significa, por exemplo, evitar conversas que foquem muito no negativo ou propor uma abordagem mais construtiva para os problemas.

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Contato com pessoas positivas: Buscar convívio com pessoas que têm uma visão mais otimista da vida pode ser uma forma de ‘contaminar-se’ positivamente e mudar o repertório emocional.


Terapia: Especialmente nos casos em que a reclamação está ligada a quadros de ansiedade ou depressão, o acompanhamento psicológico é fundamental para entender as causas do sofrimento e aprender estratégias de enfrentamento.

Antes de reclamar novamente, considere os efeitos cerebrais, emocionais e sociais que isso acarreta. A queixa não é negativa se não se tornar crônica. Reclame com moderação!

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