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Derrame ocular pode ser tratado, se houver socorro ágil | Freepik
De repente, a visão some em um olho. Surge um véu escuro, como uma cortina que cai. Não há dor, mas o impacto é imediato. Esse pode ser o sinal de um derrame ocular, um problema raro e grave.
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Pouca gente sabe, mas o olho também pode sofrer um tipo de AVC. E, segundo especialistas, reconhecer os sintomas rapidamente é o que faz diferença para preservar a visão.
O oftalmologista Laurence Desjardins, do Instituto Curie, em entrevista ao portal Femme Actuelle, explica os sinais de alerta e o que deve ser feito imediatamente.
O derrame ocular acontece quando um coágulo bloqueia a principal artéria que leva sangue à retina. Isso causa uma queda súbita da visão em um olho.
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É comparado a um AVC no cérebro ou a um infarto do coração. A diferença é que, neste caso, o alvo é o olho. Se não for tratado rápido, pode causar cegueira irreversível.
Existem dois tipos: a obstrução da artéria central da retina e a obstrução de um de seus ramos. Ambas exigem urgência médica.
O sintoma mais comum é a perda de visão. Pode ser total, quando a artéria central é bloqueada, ou parcial, quando apenas um ramo é atingido.
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Às vezes, a visão some e volta logo depois. Isso acontece quando o coágulo se move ou se dissolve. É o que os médicos chamam de “cegueira transitória”. Seja temporária ou definitiva, a recomendação é a mesma: procurar um oftalmologista imediatamente.
O derrame ocular pode estar ligado a vários fatores. Entre eles: coágulos vindos do coração ou das carótidas, artérias endurecidas, problemas de coagulação, arritmias ou doenças inflamatórias, como lúpus.
Por isso, quem sofre o problema passa por exames completos do coração, das carótidas e do sangue. Em alguns casos, também é investigada a doença de Horton, que causa inflamação nos vasos sanguíneos.
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Os fatores de risco são parecidos com os de doenças cardiovasculares. Diabetes, hipertensão, colesterol alto e tabagismo estão no topo da lista.
O problema aparece mais em pessoas acima de 50 anos. Mas também pode atingir mulheres jovens que fumam e tomam anticoncepcional.
O exame básico é o fundo de olho. Ele é rápido, indolor e feito com um colírio que dilata a pupila. Quando há obstrução, a retina fica pálida e sem irrigação sanguínea, sinal claro para o especialista.
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O tempo é essencial. Após 90 minutos de bloqueio, a perda da visão costuma ser definitiva. Em alguns casos, o uso de heparina, um anticoagulante, pode ajudar se for iniciado rapidamente. Quanto antes o paciente chegar ao médico, maiores as chances de recuperar a visão.
Além disso, é preciso tratar a causa. Se for problema cardíaco ou carotídeo, o acompanhamento é feito por cardiologistas. Se for inflamatório, o tratamento pode incluir corticoides.
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