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Interrupções podem até mesmo aflorar traumas. | Imagem: Alex Green/Pexels
Pequenos atos, quando repetidos, podem mudar muito a maneira como nossos parceiros se sentem no relacionamento.Uma coisa simples, mas com efeitos que podem ser devastadores, é interromper o seu parceiro enquanto ele fala.
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Principalmente em momentos de empolgação com o assunto, ser interrompido ou censurado pode nos causar sentimentos muito negativos que se acumulam. A especialista Angelika Koch explicou melhor sobre para o site Newsweek.
Entenda agora porque você nunca deve interromper seu parceiro.
O assunto veio à tona após uma publicação no site Reddit, com mais de 13 mil upvotes, em que um usuário contava que sua parceira frequentemente o interrompia para dizê-lo para falar mais baixo.
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O usuário explicava que, quando se anima com o assunto, tende a falar mais alto. Não chega a gritar, mas o volume é alto o suficiente para sua namorada o censurar com “fala mais baixo”.
Embora o usuário reconheça que poderia mesmo tentar maneirar o tom de voz, ele afirma que quando é interrompido, sente que “perde seu entusiasmo e fica sem vontade de falar sobre a coisa que estava tão animado para dizer”.
O post finalizava com a pergunta: “eu estou sendo ‘babaca’ por querer que ela pare de pedir para que eu fale mais baixo?”
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A especialista explica que “a maior parte das pessoas não percebe quando aumenta a voz, é apenas um sinal de paixão e profundo engajamento”. Interromper a pessoa nesse momento de animação causa um senso de humilhação.
Essa humilhação faz a pessoa, subconscientemente, sentir que as próprias paixões e interesses são de menor importância, o que pode trazer sérios problemas de autoestima e até levar ao desenvolvimento de transtornos psicológicos.
“Com o tempo, o parceiro pode aprender a se policiar. Mas somente se não se sentirem pessoalmente atacados” conta a especialista.
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Entre as várias respostas da postagem original, pessoas autistas relataram sofrer de problemas parecidos em suas relações. Conforme explica o blog de saúde mental Telavita, pessoas autistas encontram entraves na cognição social.
Cognição social é um conceito desenvolvido na década 1970 para indicar o conjunto de estímulos não verbais que são recebidos e interpretados durante uma conversa. Sabe quando você percebe o desinteresse da pessoa mesmo sem ela ter dito nada?
Um dos sintomas relacionados ao transtorno do espectro autistas é a dificuldade de perceber esses sinais sutis e entender a atmosfera social de uma conversa. Nesses casos, interromper de maneira insensível a pessoa pode gerar sentimentos de reprovação bastante negativos e até aflorar traumas.
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Angelika conta que uma boa maneira de fazer seu parceiro parar de elevar o tom enquanto fala sobre assuntos triviais é pela validação. Deixar claro que você reconhece a empolgação e energia do seu parceiro, e que elas são válidas.
O ponto é não fazer seu parceiro se sentir errado por estar empolgado, mas agir junto a ele para tentar melhorar, com o tempo, a variação do tom de voz, caso seja realmente um incômodo.
“Esse tipo de honestidade convida à cooperação, ao invés de à defensividade e à crítica” argumenta Koch.
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