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A quantidade de passos diário pode ser diferente dependendo da sua saúde, confira | Freepik
Por décadas, acreditou-se que dar 10 mil passos por dia era a meta ideal para manter o corpo saudável.
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Agora, um estudo com mais de 160 mil adultos mostra que esse número não passa de um mito, e que a quantidade necessária para colher benefícios reais à saúde é bem menor.
Segundo cientistas da Austrália, Noruega e Espanha, a nova recomendação baseada em evidências é de 7 mil passos diários, suficientes para reduzir riscos de doenças graves, melhorar a qualidade de vida e aliviar a pressão sobre quem acreditava não estar atingindo a meta.
A crença de que 10 mil passos diários seriam o ideal não nasceu de pesquisas científicas, mas de uma estratégia de marketing japonesa.
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Antes das Olimpíadas de Tóquio de 1964, um pedômetro chamado manpo-kei foi lançado com o nome traduzido como “contador de 10 mil passos”. O número ganhou popularidade e se espalhou pelo mundo como se fosse uma diretriz oficial.
A principal autora do novo estudo, Melody Ding, da Universidade de Sydney, em entrevista ao portal Rynekzdrowia.pl, reforça que essa meta nunca teve base em evidências.
Apesar disso, aplicativos de saúde e dispositivos de monitoramento físico continuam a replicá-la como se fosse um padrão.
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A nova análise científica mostra que a obsessão pelos 10 mil passos pode ser desnecessária. Mais importante do que atingir uma meta exata é manter a regularidade da atividade física, que traz benefícios mesmo em níveis moderados.
O estudo, publicado na revista Lancet Public Health, acompanhou 160 mil adultos de diferentes países. Os resultados apontam que dar em torno de 7 mil passos por dia já reduz significativamente o risco de doenças como demência (38%), problemas cardiovasculares (25%), depressão (22%) e até câncer (6%).
Mesmo níveis mais baixos de atividade, como 4 mil passos diários, já apresentam vantagens quando comparados a um estilo de vida muito sedentário, limitado a apenas 2 mil passos. Isso mostra que qualquer movimento adicional pode gerar impacto positivo.
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Os pesquisadores destacam que ultrapassar os 7 mil passos também traz benefícios extras, principalmente para a saúde do coração. Porém, não há necessidade de enxergar os 10 mil como regra fixa, já que a ciência agora oferece uma meta mais realista e acessível.
Enquanto a contagem de passos se popularizou, muitas diretrizes oficiais sempre enfatizaram o tempo de atividade física. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, recomenda pelo menos 150 minutos semanais de exercícios moderados ou 75 minutos de atividades mais intensas.
Especialistas reforçam que a chave está na consistência e na adaptação à rotina de cada pessoa. O professor Andrew Scott, da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, ressalta que “mais passos são sempre melhores, mas não há motivo para ansiedade se uma meta específica não for atingida”.
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