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Filho com rotina sedentária? O motivo pode ser você, revela estudo

Estímulo à atividade física começa com a mudança dos pais

Marcos Ferreira

13/07/2025 às 07:14

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O sedentarismo pode desencadear diversas doenças

O sedentarismo pode desencadear diversas doenças | Imagem gerada por IA

O sedentarismo infantil tem se intensificado nas últimas décadas, acompanhando mudanças no estilo de vida moderno.

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Crianças passam mais tempo dentro de casa, expostas a telas e tecnologias, enquanto o espaço para brincadeiras e atividades físicas encolhe.

O sedentarismo pode desencadear vários doenças - Imagem gerada por IA
O sedentarismo pode desencadear vários doenças - Imagem gerada por IA
Atividade física é uma importante aliada com que sedentarismo - Imagem gerada por IA
Atividade física é uma importante aliada com que sedentarismo - Imagem gerada por IA
a prática de atividades esportivas auxilia na manutenção de peso e na luta contra o sedentarismo - Imagem gerada por IA
a prática de atividades esportivas auxilia na manutenção de peso e na luta contra o sedentarismo - Imagem gerada por IA
hipertensão pode ser uma das doenças desencadeadas pelo sedentarismo - Imagem gerada por IA
hipertensão pode ser uma das doenças desencadeadas pelo sedentarismo - Imagem gerada por IA

Esse cenário, por si só, já é preocupante, mas se torna ainda mais alarmante quando os adultos responsáveis também mantêm uma rotina inativa, criando um ambiente doméstico pouco favorável ao movimento.

Segundo estudo da Unesp (Universidade Estadual Paulista), existe uma correlação direta entre o nível de atividade física dos pais e o comportamento motor dos filhos.

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A pesquisa, baseada em dados de acelerômetros, monitorou durante uma semana a rotina de 182 crianças e adolescentes, assim como de seus pais.

Os resultados reforçam a ideia de que os filhos tendem a adotar os mesmos padrões dos adultos, tornando-se igualmente inativos quando convivem com pais que se movimentam pouco no dia a dia.

Exemplos cotidianos têm impacto profundo na formação de hábitos

A influência dos pais vai além daquilo que se fala ou se ensina verbalmente. São os comportamentos diários, silenciosos e constantes que moldam a visão que as crianças têm do mundo e, principalmente, de si mesmas.

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Se a criança observa que seus pais dedicam tempo a atividades físicas, por mais simples que sejam, ela tende a desenvolver uma percepção positiva do movimento e a incluí-lo espontaneamente em sua própria rotina.

Por outro lado, quando o ambiente doméstico é dominado por longos períodos de inatividade, como horas assistindo TV ou navegando em redes sociais, o corpo infantil aprende que o repouso é a norma.

Mesmo sem ordens explícitas, os pais acabam transmitindo um modelo de comportamento passivo, que influencia a formação de hábitos que podem se estender até a vida adulta. A prevenção, nesse contexto, passa a ser uma responsabilidade compartilhada.

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Influência materna se destaca nas escolhas físicas das crianças

Durante a análise dos dados, os pesquisadores identificaram um aspecto especialmente relevante: o comportamento da mãe exerce influência ainda mais significativa sobre a atividade física dos filhos do que o do pai.

Essa diferença pode estar relacionada à maior presença das mães na rotina infantil, seja por questões culturais, seja pela divisão tradicional de tarefas domésticas e de cuidado em muitas famílias brasileiras.

Essa proximidade favorece a construção de vínculos comportamentais mais intensos. Quando a mãe se mostra ativa, envolvida em atividades físicas ou mesmo tarefas do cotidiano que exigem movimento, os filhos tendem a seguir esse padrão.

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Isso não exclui a importância da figura paterna, mas reforça a necessidade de que todos os responsáveis, independente do gênero, estejam conscientes do impacto que seus próprios hábitos têm na formação dos filhos.

Consequências da inatividade vão além do físico

O sedentarismo na infância não é apenas um fator de risco para ganho de peso. Ele está associado a uma série de problemas de saúde física e mental, como alterações cardiovasculares, distúrbios metabólicos, baixa autoestima e dificuldades de socialização.

Crianças com pouca exposição ao movimento apresentam mais chances de desenvolver quadros de ansiedade, depressão e desmotivação escolar, mesmo em fases precoces da vida.

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Além disso, a inatividade tende a se perpetuar. Crianças que não se movimentam tornam-se adolescentes igualmente parados e, com o tempo, adultos com menor disposição e mais vulneráveis a doenças crônicas.

Por isso, estimular a movimentação desde cedo é mais do que uma medida preventiva — é uma forma de garantir qualidade de vida a longo prazo. E esse estímulo precisa ser contínuo, começando dentro do próprio lar.

Mobilizar famílias é essencial para combater o sedentarismo infantil

A pesquisa fornece subsídios importantes para a formulação de políticas públicas que levem em consideração o núcleo familiar como principal agente na mudança de hábitos.

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Não basta criar campanhas de incentivo à atividade física nas escolas se o ambiente em casa continua reforçando a inatividade.

Programas comunitários e ações de saúde pública precisam envolver os pais como protagonistas nesse processo.

Além de orientações específicas, é fundamental oferecer condições para que as famílias consigam adotar uma rotina mais ativa: espaços públicos seguros, incentivo à mobilidade urbana a pé ou de bicicleta e campanhas educativas acessíveis a diferentes realidades socioeconômicas.

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O combate ao sedentarismo infantil não depende apenas da criança  ele exige o engajamento de toda a família, sobretudo dos adultos que servem como modelo diário para os mais jovens.

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