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De acordo com a Procter&Gamble; (PeG), o brasileiro toma banho em média 8,5 vezes por semana | Freepik
A polêmica sobre o melhor horário para tomar banho parece eterna: é mais saudável iniciar o dia com um banho revigorante ou terminar a jornada “lavando o cansaço” antes de dormir?
Os defensores do banho matinal dizem que ele desperta o corpo, prepara a mente e dá uma sensação de renovação. Já os adeptos do banho noturno argumentam que é essencial retirar as impurezas acumuladas ao longo do dia e relaxar antes de ir para a cama.
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Segundo a microbiologista Primrose Freestone, há um fator determinante que esclarece essa dúvida: a higiene da pele e a proliferação de microrganismos.
Independentemente do horário escolhido, é consenso que o banho é essencial para a boa higiene. Ele remove sujeiras, oleosidade, células mortas e suor — fatores que contribuem para o surgimento de irritações, infecções e odores desagradáveis.
Embora muitos associem o mau cheiro corporal ao suor, ele é, na verdade, inodoro. O odor surge quando bactérias naturais da pele, como os estafilococos, se alimentam do suor e liberam compostos sulfurosos — os responsáveis pelo famoso “cheiro de CC”.
Durante o dia, o corpo acumula não apenas suor e oleosidade, mas também poluentes e alérgenos como poeira e pólen. Parte disso fica presa nas roupas, mas outra parte acaba sendo transferida para lençóis e fronhas durante o sono.
Além disso, o calor da pele e os resíduos naturais favorecem a proliferação de bactérias.
Tomar banho à noite ajuda, sim, a remover essas impurezas, evitando que elas acabem no ambiente da cama. No entanto, isso não impede que, durante a noite, o corpo continue suando — o que volta a alimentar a flora bacteriana da pele.
Pela manhã, portanto, é provável que você acorde com novo acúmulo de bactérias e suor.
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Outro ponto essencial: se os lençóis não forem lavados com frequência, o banho noturno perde grande parte de sua eficácia.
Os microrganismos acumulados nos tecidos podem ser transferidos de volta para a pele limpa durante o sono. Não só isso: as células mortas da pele alimentam ácaros, cujos resíduos são altamente alergênicos.
Ao tomar banho pela manhã, você remove o suor noturno, as células mortas e eventuais bactérias transferidas dos tecidos da cama — especialmente importante se os lençóis não estiverem recém-lavados.
Freestone defende o banho matinal como a melhor escolha. Além de deixar o corpo mais limpo para o início do dia, ele reduz o risco de proliferação bacteriana nas roupas e tende a manter o odor corporal sob controle por mais tempo.
No fim das contas, a decisão entre manhã ou noite pode seguir a preferência pessoal. O essencial, destaca a microbiologista, é manter uma rotina completa de higiene.
Isso inclui lavar lençóis e fronhas semanalmente para evitar o acúmulo de suor, bactérias, fungos e células mortas.
Em outras palavras, não importa tanto quando você toma banho, desde que ele venha acompanhado de bons hábitos de limpeza no restante da sua rotina.
**Com informações do The Conversation
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