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Mercado de trabalho tem de se readequar para conquistar a geração Z; entenda o por quê

O que antes era considerado benefício agora é exigência entre os mais jovens no mercado de trabalho

Julia Teixeira

07/10/2025 às 16:35

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Geração Z busca equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Geração Z busca equilíbrio entre vida pessoal e profissional | Freepik

A busca por um ambiente de trabalho equilibrado deixou de ser opcional. O Work-Life Balance (WLB), que define o limite saudável entre o pessoal e o profissional, é agora um fator crítico de gestão, impulsionado pela entrada de novas gerações e por um grave alerta de saúde: os afastamentos por problemas mentais no Brasil dispararam 134%.

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A geração Z busca ativamente flexibilidade, propósito e autonomia. Cerca de 50% da Gen Z já recusou empregos por falta de alinhamento com seu bem-estar
A geração Z busca ativamente flexibilidade, propósito e autonomia. Cerca de 50% da Gen Z já recusou empregos por falta de alinhamento com seu bem-estar
O modelo híbrido, adotado por cerca de 82% das empresas, potencializa a satisfação e a produtividade. Fotos: Reprodução/Freepik
O modelo híbrido, adotado por cerca de 82% das empresas, potencializa a satisfação e a produtividade. Fotos: Reprodução/Freepik

O WLB é o pilar da retenção de talentos. Empresas com equilíbrio positivo mantêm cerca de 33% mais funcionários, provando um claro Retorno sobre o Investimento (ROI), já que a alta rotatividade é significativamente mitigada.

O desequilíbrio, por outro lado, é visto como falha da cultura organizacional por 67% dos colaboradores, gerando custos altos e uma crise de saúde corporativa.

A geração Z e o poder da escolha

A Geração Z (jovens nascidos entre 1990 e 2010) é o principal motor dessa mudança. Para eles, o equilíbrio não é negociável, é um valor fundamental. Eles buscam ativamente flexibilidade, propósito e autonomia. Cerca de 50% da Gen Z já recusou empregos por falta de alinhamento com seu bem-estar.

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Ao priorizarem a qualidade de vida e saúde mental, esta geração força as empresas a adaptar práticas, oferecendo modelos de trabalho flexíveis, comunicação transparente e um propósito claro que conecta a produtividade à satisfação.

Enriquecimento: o novo olhar sobre o equilíbrio

O conceito de WLB evoluiu. A visão antiga via trabalho e vida como "conflito" por recursos escassos. A nova perspectiva, chamada de Visão do Enriquecimento, sugere que a energia humana é expansível: a dedicação a múltiplos papéis pode gerar benefícios e mais equilíbrio.

Essa visão positiva acontece por meio de: enriquecimento (habilidades de uma área melhoram a outra), spillover (transmissão de emoções positivas), valorização e facilitação de recursos. Essa mudança transforma o WLB de uma política de limitação de horas em uma estratégia de valorização holística.

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Flexibilidade X limites

A implementação do WLB exige escolher entre duas filosofias:

  • Balance (separação): foca em limites estritos e claros entre tempo de trabalho e pessoal. Ideal para quem precisa de rotinas fixas para evitar o burnout.
  • Integration (integração): mistura tarefas profissionais e pessoais com foco na flexibilidade de agendamento e prioridades. Funcional para líderes e equipes globais, mas exige clareza para não cair na cultura always on.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Direito à desconexão: protegendo a produtividade

O modelo híbrido, adotado por cerca de 82% das empresas, potencializa a satisfação e a produtividade. Contudo, a flexibilidade traz o risco da fadiga digital e da dissolução de limites. Por isso, o direito à desconexão se torna vital.

Ele deve ser formalizado como uma política de compliance cultural, garantindo que o tempo de descanso seja protegido. Líderes precisam ser treinados para escuta ativa e para gerenciar agendas realistas, substituindo a cultura always on por uma governança cultural que defina quando o trabalho deve, de fato, cessar.

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