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Saiba por que cantar é bom para o seu cérebro, mesmo que você não seja a Beyoncé

Pesquisas confirmam que a música tem um efeito positivo na mente, até para quem não tem muita habilidade

Gabriela Barbosa

13/06/2025 às 21:45

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Cantar no chuveiro traz mais benefícios do que você imagina

Cantar no chuveiro traz mais benefícios do que você imagina | Freepik

Você já cantou no carro para tentar esquecer do trânsito? Essa não é uma experiência individual e tem comprovação de eficácia pela ciência. Até os piores cantores de chuveiro são beneficiados quando colocam as canções que amam para fora.

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Segundo uma pesquisa publicada na revista Nature, a música tem o poder de acalmar a mente. Apesar de muitas pessoas já terem percebido isso, ainda é difícil ter coragem para se expressar livremente, especialmente se você estiver em um local público.

Para Daniel Levitin, professor de neurociência na Universidade McGill, não ter habilidades musicais não te impede de cantar para se distrair. "Ninguém diz que você não deve correr se não for bom nisso", compara o especialista ao The Washington Post.

Música é terapia para a alma

O estudo conclui que ouvir música tem efeitos impressionantes para o bem-estar individual. Alguns dos benefícios são redução do estresse, melhora ao lidar com sentimentos negativos e o despertar de emoções positivas, que podem afastar problemas como ansiedade e depressão.

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A música é fundamental para a liberação de dopamina, hormônio responsável pelo sistema de recompensa do cérebro. Daniel Bowling, professor de psiquiatria na Universidade de Stanford, explica que "ela pode nos comover emocional e fisicamente, além de nos conectar a outras pessoas".

O especialista afirma que os efeitos são ainda melhores quando a música vem do paciente. Ou seja, cantar, tocar um instrumento ou batucar te deixam ainda mais feliz do que apenas ouvir uma música legal.

Por que cantar é melhor do que ouvir?

Segundo Bowling, participar ativamente da música gera uma sensação de controle, sendo mais eficiente para as emoções. "Você ganha alguma autonomia, assume a responsabilidade pelo que está acontecendo e pode controlar isso", explica.

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Não apenas os instrumentos musicais servem para essa função. Cantar, mesmo que desafinado, batucar numa parede e até assobiar já dão essa sensação de autonomia e responsabilidade. 

Todas essas ações ajudam a proteger a saúde do cérebro, principalmente com o avançar da idade. As habilidades aumentam a reserva cognitiva e melhoram a resiliência do nosso cérebro durante o envelhecimento.

Aprender a tocar música significa que as pessoas são capazes de "se envolver física e mentalmente com algumas das maiores obras já produzidas pelas mentes mais brilhantes que já existiram", disse Levitin.

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A importância de fazer música no coletivo

Fazer música em grupo potencializa ainda mais os benefícios dos instrumentos para o cérebro. Você não precisa, no entanto, participar de uma banda ou coral para ter esses feitos; cantar num karaokê já é o suficiente.

Pesquisas mostram que comportamentos humanos se sincronizam com a batida e com as outras pessoas quando a música é tocada em conjunto. Até mesmo algo simples como bater palmas no mesmo ritmo faz com que as pessoas se aproximem

A música também sincroniza os cérebros, ainda mais quando ela é feita em conjunto, ao invés de apenas ouvir. Estudos de imagem mostraram que a atividade neural se torna mais similar nos cérebros de pessoas envolvidas com a mesma música.

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Cantar em grupo, por exemplo, pode diminuir o cortisol, um hormônio do estresse, e aumentar a liberação de ocitocina, um neuropeptídeo e hormônio importante para a formação de laços sociais. 

Levitin afirma que essa é “a melhor maneira possível de dissolver o ego, ajudando você a se sentir mais conectado às pessoas ao seu redor e mais parte de algo maior”.

Como começar a usar a música

Os estudiosos explicam que cantar é inerente à história do ser humano. Pela maior parte do tempo, não havia gravações e as pessoas se reuniam para fazer música. Por isso, eles afirmam que nunca é tarde para começar na música.

  • Comece aos poucos: Até mesmo ouvir música pode ser benéfico e é o nível mais baixo de entrada para uma experiência musical. Depois, você pode acompanhar suas músicas favoritas e, se quiser, cantar ou tocar junto com um instrumento, disse Bowling.
  • Considere tocar música com outras pessoas: "A humanidade sempre cantou junta", disse Levitin. "Cantar era algo que todos faziam naturalmente, e ninguém dizia: 'Você não é bom o suficiente'." Ele completa: "Se não se sentir confortável fazendo isso com outras pessoas por perto, também pode começar na privacidade do seu chuveiro ou do seu carro."
  • Concentre-se no engajamento, não na maestria: Essa mudança de mentalidade pode ajudar a lidar com sentimentos de insegurança, embora ainda possa ser complicada. 

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