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Parque gigante que prometeu ser a "Disney brasileira" e terminou em ruínas

Maior parque temático já construído no País acumulou falhas de gestão e acidentes

Leonardo Siqueira

14/11/2025 às 21:15

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Terra Encantada marcou época, mas encerrou atividades após anos de problemas

Terra Encantada marcou época, mas encerrou atividades após anos de problemas | Divulgação

Durante doze anos de funcionamento, o Terra Encantada ocupou um lugar singular no imaginário dos brasileiros.

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Inaugurado em 1998 na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o parque temático nasceu com a proposta de se tornar um dos principais destinos turísticos da América Latina e rapidamente ganhou o apelido de “Disney brasileira”.

O investimento foi proporcional ao sonho: US$ 235 milhões aplicados em uma área de 300 mil m², com apoio de grandes marcas nacionais e internacionais.

O plano inicial projetava até 3,5 milhões de visitantes por ano e um faturamento de US$ 70 milhões apenas em bilheteria. Mesmo assim, a grandiosidade não foi suficiente para sustentar o empreendimento, encerrado em 2010 e demolido seis anos depois.

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Expectativa alta, entrega incompleta

O parque deveria ter sido inaugurado em 1997, mas abriu apenas em janeiro de 1998 e com operações reduzidas. Metade das 90 lojas planejadas nunca chegou a funcionar, e só cerca de 15 brinquedos estavam prontos no dia da estreia.

Inspirado na cultura e biodiversidade brasileiras, o Terra Encantada tentou unir folclore, cenografia temática e sinalização trilíngue, buscando replicar a experiência de grandes parques internacionais.

No entanto, problemas de gestão logo comprometeram a qualidade dos serviços e afastaram parte do público.

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Acidentes e falhas que comprometeram a reputação

As dificuldades operacionais se somaram a episódios de segurança que marcaram a imagem do parque. Ainda no primeiro mês de funcionamento, a atriz Ísis de Oliveira sofreu uma lesão grave em uma torre de queda livre.

Outros acidentes se repetiram nos anos seguintes, gerando preocupação sobre a manutenção das atrações.

O caso mais grave ocorreu em 2010, quando uma visitante de 61 anos morreu após cair da atração Monte Aurora. O episódio levou o parque ao fechamento definitivo.

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Desfecho: venda, abandono e demolição

Três anos após o encerramento das atividades, o terreno foi vendido por cerca de R$ 1,5 bilhão a duas grandes construtoras. Em 2015, começou o processo de desmontagem dos brinquedos, seguido pela demolição completa em 2016.

Assim terminou um dos projetos mais ambiciosos do entretenimento no País. Um parque que começou como promessa nacional e se tornou um símbolo de má gestão, falta de segurança e oportunidades desperdiçadas.

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