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Governo do Pará lança oficialmente o Vale Bioamazônico

Iniciativa consolida nova matriz econômica baseada na bioeconomia, ciência e valorização da floresta viva

Governo do Pará

12/11/2025 às 19:44  atualizado em 12/11/2025 às 19:46

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Lançamento do Vale Bioamazônico na COP30, em Belém, com o governador, Helder Barbalho, e representantes de governo, empresas e sociedade civil

Lançamento do Vale Bioamazônico na COP30, em Belém, com o governador, Helder Barbalho, e representantes de governo, empresas e sociedade civil | Marco Santos/Agência Pará

O Governo do Pará lançou, em Belém, o Vale Bioamazônico durante a COP30. A proposta reúne iniciativas de ciência e inovação para impulsionar uma matriz econômica baseada na bioeconomia e na valorização da floresta viva.

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O anúncio ocorreu no pavilhão do Consórcio Amazônia Legal, nesta segunda-feira, (10/11), em sessão com representantes do setor público, da academia e de empresas. A ideia é integrar políticas já em curso e atrair investimentos para a chamada “nova economia da floresta”.

Segundo o governo, o Vale Bioamazônico nasce como um ecossistema de inovação. O objetivo é organizar equipamentos, programas e parcerias numa rota única, conectando pesquisa aplicada, qualificação profissional e negócios de base biológica.

Contexto e ambição do projeto

O governador Helder Barbalho enfatizou resultados já visíveis no estado. “Quem quiser conhecer o que é o Vale Bioamazônico pode ir até o Parque de Bioeconomia da Amazônia, que não é uma ideia, não é um panfleto, não é um conceito: é uma realidade”, afirmou.

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Evento de lançamento reuniu Helder Barbalho (governador do Pará), Ana Costa (Natura), Jorge Vianna (ApexBrasil) e Letícia Moraes (CNS) para apresentar a nova agenda da bioeconomiaEvento de lançamento reuniu Helder Barbalho (governador do Pará), Ana Costa (Natura), Jorge Vianna (ApexBrasil) e Letícia Moraes (CNS) para apresentar a nova agenda da bioeconomia. Foto: Marco Santos/Agência Pará

A iniciativa busca consolidar um ambiente de negócios com foco em biotecnologia, cadeias produtivas sustentáveis e serviços ambientais. A meta é transformar biodiversidade em produtos, dados e soluções com impacto social e econômico.

 “Se existe o Vale do Silício, nós temos o Vale Bioamazônico”, diz Helder Barbalho, governador do Pará

Como o Vale se estrutura

O projeto integra o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, o PCT Guamá e o Museu das Amazônias. Também articula políticas de fomento à pesquisa, educação técnica e empreendedorismo, além de parcerias com universidades e empresas.

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Participantes acompanham o anúncio do Vale Bioamazônico no pavilhão do Consórcio Amazônia Legal, durante a programação oficial da COP30Participantes acompanham o anúncio do Vale Bioamazônico no pavilhão do Consórcio Amazônia Legal, durante a programação oficial da COP30. Foto: Marco Santos/Agência Pará

Na prática, a proposta cria uma “espinha dorsal” para acelerar ideias e atrair capital. Ao reunir infraestrutura, governança e instrumentos financeiros, o Vale pretende reduzir riscos e dar escala a iniciativas de base florestal.

O desenho institucional inclui trilhas para novos negócios, rotas de transferência tecnológica e redes com populações extrativistas. A ambição é garantir que a bioeconomia avance com inclusão produtiva e repartição de benefícios.

Participação de atores estratégicos

O lançamento contou com representantes de empresas, governo federal e sociedade civil. A vice-presidente da Natura, Ana Costa, reforçou a integração entre clima, natureza e pessoas, destacando a vocação amazônica da companhia.

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Público, gestores e especialistas acompanham a apresentação com foco em ciência, inclusão produtiva e novas oportunidades para a região amazônicaPúblico, gestores e especialistas acompanham a apresentação com foco em ciência, inclusão produtiva e novas oportunidades para a região amazônica. Foto: Marco Santos/Agência Pará

“A ideia é usar bioeconomia para gerar prosperidade e renda, porque não há nada mais inovador do que o conhecimento que nasce desses territórios”, disse.

Governo, empresas e BNDES articulam regulação, P&D e financiamento para acelerar a nova economia da Amazônia.

Para a ApexBrasil, a bioeconomia pode recolocar a floresta no centro da pauta exportadora. Jorge Vianna lembrou que a região já liderou ciclos econômicos e defendeu transformar ativos florestais em oportunidades concretas de valor.

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Regulação, financiamento e escala

O secretário Raul Protázio Romão apontou a urgência climática e a necessidade de respostas estruturantes. A estratégia estadual aposta em regulação, investimentos públicos e ambiente propício à entrada do capital privado.

“É imprescindível colocar na mesma mesa clima, natureza e quem vive na floresta”, Ana Costa, vice-presidente da Natura

Do lado financeiro, o BNDES sinalizou prioridade para biodiversidade e inovação. Nelson Barbosa afirmou que o banco deve apoiar empresas que se instalarem no Vale, com linhas de crédito, participação acionária e fundos voltados à bioeconomia.

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A combinação de governança, regras claras e instrumentos financeiros é vista como condição para que a bioeconomia avance do piloto à escala. A diretriz é destravar cadeias, melhorar produtividade e ampliar mercados compatíveis com a floresta em pé.

Resultados esperados e próximos passos

O governo indica que o Vale Bioamazônico busca atrair centros de pesquisa e desenvolvimento, novas empresas e indústrias leves de base biológica. A aposta inclui fitoterápicos, cosméticos, alimentos, biopolímeros e serviços digitais de monitoramento e verificação.

O desenho do projeto prevê capacitação técnica, inovação aberta e integração com comunidades locais. A intenção é gerar renda, diversificar economias municipais e fortalecer iniciativas que conciliem conservação e desenvolvimento.

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“O BNDES vai apoiar as empresas do Vale Bioamazônico com linhas de inovação e fundos voltados à bioeconomia”, Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relações Institucionais do banco 

Ao encerrar o anúncio, Helder Barbalho afirmou que o objetivo é transformar o Pará em referência da bioeconomia. A execução combinará políticas públicas, parcerias e instrumentos financeiros para converter biodiversidade em bem-estar social.

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