Pará tem maior redução de desmatamento da Amazônia Legal em 2025

O Pará liderou a queda do desmatamento na Amazônia Legal em 2025, segundo o Prodes/Inpe. Entre 1º de agosto de 2024 e 31 de julho de 2025, o Estado reduziu 297 km² em áreas desmatadas, consolidando um recuo de 12,4% frente a 2024 e de 60% na comparação com 2021.

O avanço ocorre às vésperas da COP30 e reforça a estratégia de transição ecológica local: monitoramento em tempo real, regularização fundiária ambiental, incentivo à bioeconomia e fortalecimento de operações de campo.

Em 2024, o Pará somava 2.395 km² de área desmatada. Em 2025, esse total caiu para 2.098 km² — redução de 12,4% —, fazendo do Estado um dos motores da queda geral de 11,08% na Amazônia Legal. Na comparação com 2021, quando foram 5.238 km², o nível atual indica diminuição acumulada de 60%.

Queda confirmada por dados oficiais

Os números são do Programa de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia Legal (Prodes), a taxa anual oficial do Brasil, compilada pelo Inpe e publicada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. O recorte temporal vai de 1º de agosto de 2024 a 31 de julho de 2025.

O Pará reduziu em 12,4% o desmatamento em 2025,  segundo o Prodes/Inpe.

Nesse intervalo, o Pará apresentou a maior queda em área absoluta entre os estados da região: menos 297 km² de área desmatada. O desempenho ajuda a explicar a retração na Amazônia Legal como um todo, puxada, sobretudo, por Pará e Amazonas.

O resultado reforça o protagonismo ambiental do Estado e sustenta a agenda que será apresentada na COP30, com foco em conciliar produção, floresta em pé e geração de oportunidades para a população.

Como o Pará conquistou esses índices

Para o governador Helder Barbalho, a trajetória recente comprova que é possível alinhar preservação e desenvolvimento.

“O Pará mostra que é possível conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Essa redução histórica reforça o compromisso do nosso Estado com o planeta e com a COP30, que será o palco para apresentarmos uma Amazônia viva, produtiva e sustentável”, afirmou.

Foram 297 km² a menos de desmatamento entre agosto de 2024 e julho de 2025

A linha de atuação privilegia a formalização e o apoio a quem produz dentro das regras, ao mesmo tempo em que aperta o cerco às atividades ilícitas que pressionam a floresta, em especial nas áreas críticas de avanço do desmatamento.

Monitoramento e presença em campo

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade, Raul Protazio Romão, o Estado investe em monitoramento em tempo real, em parceria com Inpe e Ibama, e no reforço às equipes de fiscalização.

“Essa redução é resultado direto do trabalho incansável das nossas equipes em campo, que atuam diariamente nas operações Curupira e Amazônia Viva, enfrentando o desmatamento ilegal e garantindo a proteção das florestas.

Estamos unindo inteligência, tecnologia e presença territorial. Com o trabalho de monitoramento, conseguimos detectar e agir com rapidez nas áreas críticas. O Pará vive uma nova fase de gestão ambiental, com planejamento estratégico e ação permanente”, assegurou.

Desde 2021, o Estado acumula queda de 60% na taxa de desmatamento

A soma de satélites, análise de dados e operações constantes cria respostas mais rápidas em frentes sensíveis, reduz o efeito de deslocamento de ilícitos e aumenta a percepção de risco para infratores.

Olhar para a COP30

Os indicadores são divulgados às vésperas da COP30 e embasam a narrativa de transição ecológica com metas, governança e entrega mensurável. O foco é transformar ganhos de conservação em oportunidades reais para a população, com bioeconomia, cadeias sustentáveis e inovação.

O Pará foi o principal responsável pela redução de 11% no desmatamento da Amazônia Legal

A queda consistente desde 2021 — 60% no período — é apresentada como evidência de que políticas públicas continuadas, cooperação entre órgãos e transparência de dados podem reverter tendências históricas de perda florestal.

Com isso, o Estado pretende atrair investimentos verdes e fortalecer parcerias internacionais, mantendo o ritmo de redução do desmatamento e ampliando a competitividade de quem produz dentro da legalidade.