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Mandados foram cumpridos em São Paulo, Guarulhos, Ribeirão Pires e em quatro cidades do litoral paulista
14/07/2020 às 11:48 atualizado em 14/07/2020 às 17:27
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Um dos galpões com produtos de limpeza que usam cloro desviado da Sabesp | Reprodução/TV Globo
A Polícia Civil de Santo André, no ABC Paulista, prendeu na manhã de ontem ao menos doze pessoas acusadas de desviarem hipoclorito de sódio (cloro) usado no tratamento de água para mais de 28 milhões de paulistas. Foram expedidos 15 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão na capital paulista e em mais seis cidades da região metropolitana de SP e do litoral. Segundo a polícia, os desvios eram feitos há cerca de um ano por meio da transportadora contratada.
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Os mandados da Operação 1791 foram cumpridos em São Paulo, Guarulhos, Ribeirão Pires, Praia Grande, Cubatão, Santos e São Vicente, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP).
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Parte da carga desviada foi localizada em um galpão com alguns produtos de limpeza. A investigação aponta que os produtos químicos tenham sido feitos com esse produto desviado da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
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Ainda de acordo com as investigações, a transportadora contratada tinha a responsabilidade de levar o cloro do fabricante até as estações de tratamento da Sabesp, mas parava no meio do caminho. Nesses pontos, os criminosos roubavam o cloro e o substituíam por água.
Até às 12h desta terça-feira (14), doze pessoas haviam sido presas, entre elas motoristas dos caminhões e receptadores. Além disso, a Polícia também tinha apreendido 18 mil litros de hipoclorito de sódio e seis mil litros de soda cáustica. A junção do hipoclorito e a soda é usada para purificar a água e a tornar potável.
"A Sabesp vai acompanhar as investigações e os desdobramentos do caso e tomará todas as medidas judiciais para ressarcimento de eventuais prejuízos junto a esses fornecedores. A Companhia esclarece ainda que a água tratada é analisada em laboratórios antes da entrega ao consumidor, o que assegura sua qualidade, sem riscos para o consumo", disse em nota a Sabesp.
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PROCESSO.
A investigação começo em 2019, quando a polícia recebeu a denúncia de que uma empresa responsável por transportar o produto para 120 estações de tratamento de água estava desviando a carga para empresas clandestinas.
Os investigados poderão ser indiciados por furto, receptação e organização criminosa. No entanto, há um agravante pois os crimes cometidos são contra a saúde pública.
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