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De acordo com o levantamento, o número de servidores na indústria caiu de 264,8 mil para 170,5 mil no período
22/10/2020 às 11:26
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No início de 2012, a indústria empregava 32,7% dos trabalhadores com carteira assinada da região | DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA BRASIL
O parque fabril do ABC Paulista perdeu 94,3 mil postos de trabalho formais desde janeiro de 2012 a agosto de 2020, número equivalente a uma redução de 35,6% do total de empregos. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Sindicato dos Metalúrgicos da região.
De acordo com o levantamento, o número de servidores na indústria caiu de 264,8 mil para 170,5 mil no período. Na prática, a cada três postos de trabalho fabris, um foi extinto.
No início de 2012, a indústria empregava 32,7% dos trabalhadores com carteira assinada da região. No entanto, a participação do setor caiu para 23,9% em agosto. O setor metalúrgico perdeu 44% dos empregos.
Ainda de acordo com o levantamento, a queda é reflexo dos “resultados nacionais, com o agravante de que o Estado de São Paulo não promoveu o impulsionamento das áreas industriais tradicionais”.
Já para o diretor executivo do sindicato e vice-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, Aroaldo Oliveira da Silva, a perda de empregos fabris na região é reflexo direto da desindustrialização do país. “O Brasil está sofrendo com o desmonte da indústria, e a gente (ABC) é impactado de forma mais acelerada do que outros lugares. O sindicato tem discutido as alternativas da região para conter esse desmonte. Temos feito discussões sobre zoneamento territorial, atração de novos investimentos, salto tecnológico, além dos problemas de cada empresa”, disse.
Além disso, o estudo também indica que, de janeiro a agosto deste ano, 30,9 mil postos foram fechados na região. Do total, 28% na indústria.
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