ELEIÇÕES 2020
Em 2016, ano da última disputa municipal, 412,8 mil dos 2,068 milhões de eleitores aptos a votar na região não compareceram às urnas no 1º turno, o que corresponde a uma taxa de abstenção de quase 20%
Matheus Herbert
Publicado em 15/11/2020 às 10:25
Atualizado em 15/11/2020 às 10:26
Com a união DEM e PSL, está por ser criado o maior partido de centro já visto nos últimos anos / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Em meio à pandemia de Covid-19, quase 2,1 milhões de eleitores vão às urnas neste domingo (15) no ABC com o objetivo de escolher prefeitos e vereadores dos sete municípios para o período 2021-2025. Apesar das medidas anunciadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para evitar o contágio pelo novo coronavírus, a expectativa é de que o pleito deste ano tenha o maior índice de abstenção da história.
Em 2016, ano da última disputa municipal, 412,8 mil dos 2,068 milhões de eleitores aptos a votar na região não compareceram às urnas no 1º turno, o que corresponde a uma taxa de abstenção de quase 20%.
Para este ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – que adiou as eleições em mais de um mês devido à crise sanitária – projeta índice de abstenção médio de 30% no país. Além do medo de contrair a covid-19, a descrença de boa parte da população na classe política também deve contribuir para afugentar o eleitorado das urnas.
Em três dos sete municípios (São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), com menos de 200 mil eleitores, a disputa majoritária terminará, obrigatoriamente, no 1º turno. Nos demais (Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá) haverá 2º turno caso o desempenho do primeiro colocado seja igual ou inferior a 50% dos votos válidos.
O TSE contabilizou 59 pedidos de registro de candidatura para prefeito neste ano no ABC. O número é 25,5% superior ao total de 47 candidatos deferidos na região em 2016.
Candidaturas
Dos sete prefeitos do ABC, cinco são candidatos à reeleição: os tucanos Paulo Serra (Santo André), Orlando Morando (São Bernardo), José Auricchio (São Caetano) e Kiko Teixeira (Ribeirão Pires), além do pessebista Atila Jacomussi (Mauá).
Lauro Michels (PV) e Gabriel Maranhão (PSDB), que comandam os Paços de Diadema e Rio Grande da Serra, respectivamente, não serão candidatos, uma vez que já cumpriram dois mandatos consecutivos.
Dos cinco postulantes à reeleição, dois enfrentam problemas na Justiça Eleitoral para viabilizar sua candidatura.
Em São Caetano, Auricchio teve o registro indeferido e recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). O tucano foi condenado por ter recebido doação eleitoral de pessoas físicas que não teriam condições financeiras para fazê-la.
Em Ribeirão Pires, Kiko Teixeira teve a candidatura impugnada devido à condenação por improbidade administrava na época em que era o chefe do Executivo de Rio Grande da Serra.
Assim como Auricchio e Kiko, outros três candidatos a prefeito tiveram seus registros indeferidos e aguardam julgamento de recurso. Todos, porém, terão sua imagem nas urnas. Além disso, o TSE informou que vai divulgar a votação de candidatos sub judice, mas a validação desses votos será condicionada ao eventual deferimento do registro em instâncias superiores.
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