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Cotidiano

Em seu pior momento, ABC completa um ano da pandemia de Covid

Segundo levantamento do Instituto ABC Dados, a média móvel de morte dos últimos sete dias é de 652 casos novos de covid por dia e 34 mortes em decorrência da doença

Matheus Herbert

13/03/2021 às 11:56

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São Bernardo do Campo amplia toque de recolher contra a Covid-19

São Bernardo do Campo amplia toque de recolher contra a Covid-19 | Prefeitura de São Bernardo do campo

Na próxima segunda-feira (15) completa um ano que o ABC registrou os primeiros casos de coronavírus. Na data foram confirmadas as três primeiras infecções de moradores da região, das quais duas em São Bernardo e uma em São Caetano. De lá para cá, o número de pacientes com covid-19 nos sete municípios saltou para 139.269 e as mortes pela doença somam 4.879. Os dados foram atualizados pelas prefeituras na última sexta-feira (12).

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Segundo levantamento do Instituto ABC Dados, a média móvel de morte dos últimos sete dias (até às 23h desta quinta-feira) é de 652 casos novos de covid por dia e 34 mortes em decorrência da doença. A taxa de letalidade do coronavírus no ABC é de 3,5%.

Com o recrudescimento da pandemia, a região está perto do colapso no sistema da saúde e à exceção de São Caetano e Santo André, que ainda dispõem de leitos para pacientes com covid, os demais municípios já atingiram ocupação máxima, o que já levou a mortes na fila de espera por leitos no sistema Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde).

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A Prefeitura de Diadema informou que há 33 pacientes em fila de espera via Cross, sendo 16 para UTI e 17 para enfermaria. Não houve mortes por falta de leitos na cidade. Em Mauá, até está quinta-feira (11), havia 28 pacientes aguardando vagas. A Secretaria de Saúde de Mauá confirmou três mortes na fila de espera do sistema. “É importante reforçar que em nenhum momento o paciente que vem a óbito aguardando vaga em UTI, fica desassistido. As quatro UPAs da cidade têm condições de prestar o atendimento necessário”, destacou a administração municipal.

Em Ribeirão Pires, a administração municipal afirmou que há 20 pacientes aguardando vagas de leitos na fila da Cross (13 estão na UPA e sete no Hospital de Campanha necessitando de UTI). Até esta sexta-feira a cidade havia registrado seis mortes de pacientes na fila de espera por vaga.

São Bernardo informou que 44 pessoas aguardam leitos via Cross, sendo 19 para UTI e 25 para enfermaria. Segundo a prefeitura, até o momento nenhum paciente veio a óbito na espera por leitos.

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A Prefeitura de Santo André afirmou que a cidade conta com leitos disponíveis devido ao suporte de UTI tanto em UPAs, hospitais padrão e hospitais de campanha. Nenhum óbito foi registrado no município em razão de falta de vagas de UTI. Já São Caetano destacou que a taxa de ocupação de leitos de UTI por pacientes com coronavírus é de 80%, já a de enfermaria é 76%. “Todos os pacientes da cidade estão sendo atendidos em nossa rede. Não houve mortes em fila de espera”, disse a prefeitura. Rio Grande da Serra, que não possui leitos de UTI Covid, não retornou aos questionamentos da redação.

EFEITOS DA PANDEMIA

A pandemia tem efeitos devastadores na saúde, mas também tem forte impacto na economia. A crise sanitária teria causado perdas de R$ 5,2 bilhões na produção de riquezas dos sete municípios em 2020. A estimativa consta de nota técnica publicada na 16ª Carta de Conjuntura da Universidade de São Caetano (USCS) e considera que a economia dos sete municípios evoluiu na mesma magnitude do Produto Interno Bruto (PIB) do país – ou seja, cresceu 1,4% em 2019, mas recuou 4,1% no ano passado.

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Estimativa foi feita pelo Diário Regional com base em dados da pesquisa realizada pelo escritório paulista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), com apoio da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) mostram que as MPEs dos sete municípios deixaram de faturar R$ 7,35 bilhões em decorrência da crise provocada pelo novo coronavírus.

Em 2020, o ABC interrompeu a sequência de dois anos consecutivos de geração líquida de empregos e voltou a fechar postos de trabalho devido ao novo coronavírus. A região eliminou 11.753 vagas com carteira assinada, o pior resultado desde 2016, quando foram extintos 31.691 empregos.

GASTOS COM COVID

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O ABC empenhou pouco mais de R$ 665 milhões em ações de enfrentamento à pandemia de covid-19 no ano passado. O montante equivale a 6,2% do total de receitas (R$ 10,65 bilhões) obtido pelas sete prefeituras em 2020.

Os dados constam do Painel Covid-19 – elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) para dar publicidade aos gastos de prefeituras e do governo paulista no combate ao novo coronavírus – e foram compilados pelo Diário Regional.

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