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Ney Santos participou de um evento com cerca de duas mil famílias no ginásio Hermínio Espósito | /REPRODUÇÃO/FACEBOOK
O prefeito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB), foi afastado do cargo na última quinta-feira (12), após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por lavagem de dinheiro, mas contrariou a ordem judicial e no domingo (15) participou de um evento de entrega de cestas natalinas para cerca de duas mil famílias no ginásio Hermínio Espósito. As aparições públicas, como chefe de Executivo, podem configurar desobediência à ordem legal ou afronta.
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De acordo com o processo da PF, Ney Santos teria registrado propriedades em nome de "laranjas" e tornar legal recurso ilícito (lavagem de dinheiro), entre 2014 e 2017. Nos três primeiros anos, ele era ainda vereador.
O processo ainda aponta que o chefe do executivo teria ocultado ser dono de terrenos em São Paulo e na Bahia, salas em luxuoso edifício em Curitiba, carros, entre eles um de luxo repassado a membro de uma facção que praticava crimes em Foz de Iguaçu (PR) e em Curitiba, e uma lancha.
As investigação são referentes a operação "Hammer- On" da PF, realizada no Paraná em setembro de 2017. A investigação apurava um esquema bilionário de crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa que agia desde 2008 em vários estados, inclusive São Paulo.
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No ano de 2016, Ney Santos foi alvo da Operação Xibalba, realizada pelo Ministério Público (MP). Ele foi acusado pelo MP de envolvimento com lavagem de dinheiro em postos de gasolina e ligação com o crime organizado.
Procurada na tarde de ontem, o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) disse à Gazeta que "defesa do prefeito impetrou dois Habeas Corpus que foram distribuídos, via sorteio, ao Desembargador Federal José Lunardelli. Ainda não há nenhuma decisão sobre os HCs".
Ainda segundo o TRF, enquanto não há uma decisão dos habeas corpus, "o prefeito deve permanecer afastado".
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Já a Prefeitura de Embu das Artes não se manifesta oficialmente sobre o caso desde a última semana.
FRAUDE EM LICITAÇÃO
Com a decisão do TRF 3, Ney se torna réu em ação federal pela segunda vez. No mês passado, o Ministério Público Federal indiciou Ney por fraude em licitação do uniforme escolar, em contrapartida a recebimento de propina, junto com outros 12 corruptos, segundo o MPF, entre empresários, assessores e aliados do prefeito, como o presidente da Câmara de Embu, Hugo Prado (PSB). Caso seja condenado, Ney deve devolver R$ 12 milhões aos cofres municipais.
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