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Obras de arte de dono do Banco Santos vão a leilão

Estão à venda 1619 obras de artistas renomados, como Tarsila do Amaral, Tunga e Frank Stella

Gladys Magalhães

02/09/2020 às 00:00  atualizado em 14/09/2020 às 10:38

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O destaque fica para uma obra de Frank Stella, que possui o maior lance inicial, de R$ 3 milhões

O destaque fica para uma obra de Frank Stella, que possui o maior lance inicial, de R$ 3 milhões | /DIVULGAÇÃO

Um total de 1619 obras de artes, entre esculturas, pinturas e fotografias, que pertenceram ao ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, principal dirigente do antigo Banco Santos, vão a leilão entre os dias 21 de setembro e 02 de outubro. O pregão está sob responsabilidade de James Lisboa.

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O leilão já está aberto para receber ofertas e há obras de artistas como Tarsila do Amaral, Amilcar de Castro, Tunga, Mira Shendel, David Hockney, entre outros. O destaque fica para uma obra do norte-americano Frank Stella, considerado um dos representantes mais relevantes do Minimalismo. A pintura de 16 metros de comprimento é a que possui o maior lance inicial do pregão, de R$ 3 milhões.

Macaque in the trees
Tela ENTITY_apos_ENTITYEstudo para OperáriosENTITY_apos_ENTITY, de Tarsila do Amaral (Foto: Divulgação)

O acervo de Cid Ferreira já está recebendo ofertas. O leilão será dividido em nove dias, com os dois primeiros sendo compostos por pinturas, esculturas e fotografias e os demais, majoritariamente, por fotografias, que respondem por 80% do acervo a ser leiloado.

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O Banco Santos teve sua falência decretada no ano de 2005, após sofrer intervenção do Banco Central por conta de uma dívida de mais de R$ 2 bilhões. Durante 14 anos, as obras, que agora serão leiloadas, ficaram sob guarda do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), que lamenta o leilão e alega ter tido um prejuízo de R$ 20 milhões, como armazenamento e catalogação das peças.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, a diretora da instituição, Ana Magalhães, disse que o MAC pleiteava o ressarcimento desse valor em obras, mas uma decisão judicial do ano passado, devolveu à instituição somente R$ 37 mil. Ainda conforme a reportagem, caso quisesse adquirir as obras do acervo, o MAC teria preferência no leilão, devido a uma lei de 2009, que dá prioridades a museus neste tipo de negociação. Segundo Magalhães, contudo, o orçamento anual da instituição está totalmente comprometido com a folha de pagamento, manutenção predial e programa de exposições.

Este é o segundo leilão envolvendo o ex-banqueiro em 2020. No início do ano, após diversos leilões frustrados, a mansão que pertenceu a Edemar Cid Ferreira, foi finalmente arrematada. O imóvel, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake e decorado pelo norte-americano Peter Marino, foi vendido por R$ 27,5 milhões para Janguiê Diniz, empresário dono da Ser Educacional, um dos maiores grupos de ensino privado do país e o maior da região Nordeste.

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Macaque in the trees
O leiloeiro James Lisboa e as obras (Foto: Divulgação)

Na casa, que deve virar uma escola de ensino básico de alto padrão, também havia diversas obras de arte, como a chinesa Guanyn, figura humana representada em pé sobre um pedestal em forma de lótus; uma escultura em bronze, Cemin Saint Claire Fonte, da década de 1990, entre outros.

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