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"João" buscou atendimento na UPA da Rodoviária. | Divulgação/PMG
Dor de garganta e na cabeça. Foram esses os primeiros sintomas que fizeram o morador de Guarujá que trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular em São Paulo procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rodoviária, no último dia 21. E o Diário do Litoral conversou com ele para saber como está sendo a sua experiência com a covid-19 e o seu estado de saúde.
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Por questão de segurança o nome, a profissão e o bairro onde o homem, de 38 anos, mora, ainda precisam ser preservados pela Reportagem. Por isso chamaremos ele de "João" (nome fictício).
"João" relatou que decidiu procurar atendimento médico quando chegava em Guarujá de mais um plantão na Capital. "Vi aquelas tendas montadas na UPA da Rodoviária e, como estava com uma dor de cabeça muito forte e a garganta doendo, decidi parar ali para me consultar. Como trabalho na área da saúde em São Paulo a equipe que me atendeu decidiu colher sangue e mandar para análise", lembra.
Como os resultados dos testes de covid-19 estão demorando um pouco para sair em todo o Brasil, "João" iniciou uma quarentena em sua casa, onde vive com a esposa. E diz que os sintomas mudaram. "Das dores na cabeça e na garganta passei a ter tosse seca e febre. Em um dos momentos ela chagou aos 38,5º graus. Como eu não estava sentindo falta de ar, a recomendação foi a de que continuasse em isolamento social", conta.
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A febre, ainda segundo "João", era frequente, mas passou a ficar mais branda. Já a tosse passou de seca para com muita secreção. "A febre oscilava entre os 37/37,5º. A tosse, que antes era seca, começou a ficar com bastante muco e eu só sentia falta de ar quando tentava fazer alguma coisa em casa, como cuidar do jardim".
O resultado do seu exame chegou neste sábado (29) e ele positivou para a covid-19. E foi a própria Secretaria de Saúde de Guarujá que entrou em contato com ele para informar. "Eles me ligaram e disseram sobre o resultado. Pediram para que eu permanecesse em quarentena ainda observando os sintomas, que devem levar mais alguns dias para irem embora totalmente", explica. A esposa de João também está na quarentena e não sai de casa.
Perguntado sobre as pessoas que insistem em dizer que o coronavírus é uma invenção da mídia, "João" pediu atenção com o vírus. "Trabalho na área da saúde há 18 anos e nunca vi um vírus de tão fácil transmissão. Além disso, pratico esportes, levo uma vida saudável e não tenho nenhuma doença crônica. E mesmo assim a covid-19 me debilitou bastante. Imagine as pessoas sedentárias, fumantes ou com a saúde frágil"?, questionou.
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Como nem ele e nem a esposa estão saindo da residência, são os amigos que vão ao supermercado ou farmácia para eles. "Uma amiga nossa vai ao supermercado e depois deixa as coisas aqui no portão. Eu ou a minha esposa abrimos e pegamos. E depois transferimos o dinheiro para ela", explica.
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