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Na última segunda-feira (18), um comitê da Câmara votou por unanimidade pela retirada da representação da sala de reuniões
19/10/2021 às 14:48
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Estátua de Thomas Jefferson vai ser retirada da Prefeitura de Nova York, nos Estados Unidos, devido a sua história escravagista | /Reprodução / Youtube
A prefeitura de Nova York aprovou a retirada da estátua de Thomas Jefferson, que está na sala da diretoria por mais de cem anos devido a seu passado escravagista. Thomas Jefferson foi o principal autor da Declaração de Independência.
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Na última segunda-feira (18), um comitê da Câmara votou por unanimidade pela retirada da representação da sala de reuniões. O ex-presidente teve mais de 600 escravos e, com uma delas, Sally Hemings, seis filhos.
Havia alguns anos vereadores de origem latina e negra já reivindicavam timidamente a retirada da homenagem. Após discussões, decidiu-se transferir a estátua para a Sociedade Histórica de Nova York.
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"Jefferson representa algumas das partes mais vergonhosas da longa e cheia de matizes história do nosso país", disse a vereadora Adrienne Adams, que é negra, do Partido Democrata.
Nem todos, no entanto, concordam com a decisão. Sean Wilentz, professor de história dos EUA na Universidade Princeton, escreveu em uma carta lida pela comissão que "a estátua homenageia Jefferson especificamente pela sua grande contribuição à América e à humanidade".
O debate sobre a estátua de Jefferson faz parte de um movimento nacional que surgiu na esteira da morte de George Floyd, um homem negro sufocado sob o joelho de um policial, e do Black Lives Matter.
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Também se insere em um quadro de acentuada desigualdade racial, exposto pela pandemia da Covid-19, e do debate sobre se monumentos e símbolos dos confederados, que lutaram no lado que defendia a manutenção da escravidão durante a Guerra Civil americana, deveriam ser removidos.
Feita de gesso com base no modelo de bronze de Jefferson em exibição na Rotunda do Capitólio, em Washington, a estátua foi encomendada em 1833 por Uriah P. Levy, o primeiro comodoro judeu da Marinha americana, para comemorar o apoio de um dos "pais da nação" à liberdade religiosa nas Forças Armadas.
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