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Desde junho de 2023, a Terra vem registrando um mês mais quente que o outro | Ramiro Pianarosa/Unsplash
Os cientistas do observatório europeu Copernicus anunciaram hoje (5), que maio é 12° mês consecutivo de recordes de calor na Terra.
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Desde junho de 2023, a Terra vem registrando um mês mais quente que o outro, o que os cientistas apontam como emergência climática.
O diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), Carlo Buontempo, explicou que mesmo se a sequência de recordes for interrompida, a assinatura geral das mudanças climáticas permanece e não há sinal de reviravolta nesta tendência.
O observatório apontou o último mês como o maio mais quente já registrado globalmente, já que teve a temperatura média do ar de superfície 0,65°C acima da média de abril, no período 1991 a 2020.
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Isso é chamado de anomalia de temperatura, ou seja, é um indicador que mostra quanto a temperatura se desvia de uma determinada média histórica.
Essas datas são usadas como referência, já que esse período representa um “ponto médio” do aumento da temperatura global, ou seja, o intervalo logo antes das mudanças climáticas se tornarem mais evidentes.
Além disso, a temperatura média global nos últimos doze meses (junho de 2023 - maio de 2024) é a mais alta já registrada, 0,75°C acima da média de 1991-2020 e 1,63°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.
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Ontem (4), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou que existe uma chance de 80% de que, em pelo menos um dos próximos cinco anos, a temperatura média global anual ultrapasse temporariamente 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
1,5°C é considerado o “limite seguro” das mudanças climáticas, ou seja, o limiar de aumento da taxa média de temperatura global que temos que atingir até o final do século para evitar as consequências da crise climática provocada pelo homem devido à crescente emissão de gases de efeito estufa na nossa atmosfera.
Essa é uma taxa medida em referência aos níveis pré-industriais, a partir de quando as emissões de poluentes passar a afetar significativamente o clima global.
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Segundo o relatório da OMM:
Com isso, a probabilidade de pelo menos um dos próximos cinco anos exceder 1,5°C tem aumentado consistentemente desde 2015, quando era praticamente zero. Durante os anos de 2017 a 2021, essa probabilidade era de 20% e aumentou para 66% entre 2023 e 2027.
A marca de temperatura de maio se soma à lista de recordes globais de calor neste e no último ano:
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Década de recordes: todos os 10 anos mais quentes que temos registro ocorreram na última década (2014-2023), segundo o Berkeley Earth. Antes de 2015, nenhum dia do ano registrava taxas de temperatura acima de 1,5°C.
Na última década, superar a marca tem sido um fato recorrente. O ano de 2023 foi especialmente preocupante, marcando um recorde com 173 dias registrando temperaturas acima de 1,5°C.
*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita
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