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Lula discursa na abertura da COP30, em Belém | Bruno Peres/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na abertura da COP30, a cúpula do clima das Nações Unidas, no fim da manhã desta segunda-feira (10/11), que o encontro servirá para “impor uma nova derrota aos negacionistas”.
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Ele disse que o mundo vive uma era da desinformação, em que obscurantistas rejeitam evidências científicas, e destacou que esta será a COP da verdade.
“Eles controlam algoritmos, semeiam ódio e espalham medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades. É o momento de impor uma nova derrota aos negacionistas”, disse Lula.
O presidente não citou nomes, mas a mensagem foi vista como uma indireta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se recusou a participar da conferência.
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Lula defendeu o Acordo de Paris, criado em 2015 durante a COP21, que o governo Trump decidiu tirar os Estados Unidos neste ano.
“Sem o Acordo de Paris, o mundo estaria fadado ao aquecimento catastrófico de até cinco graus até o fim do século. Estamos andando na direção certa, mas na velocidade errada”, destacou.
O mandatário também criticou “os homens que fazem guerras” pelo mundo, e sublinhou que os esforços deveriam estar concentrados no enfrentamento às mudanças climáticas.
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Lula lembrou da Rio-92, evento feito no Brasil em 1992, visto como uma pré-COP.
“O mundo adentrava a década das conferências, da qual emergiram as grandes bússolas que guiaram a humanidade ao longo destas três décadas, como o conceito de desenvolvimento sustentável e o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas. São legados da Rio-92”, afirmou.
O brasileiro disse ainda que levar a COP para o coração da Amazônia foi uma tarefa árdua, mas necessária.
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“A Amazônia não é uma entidade abstrata. Quem só vê floresta de cima desconhece o que se passa à sua sombra. O bioma mais diverso da terra é a casa de quase 50 milhões de pessoas, incluindo 400 povos indígenas, dispersa por nove países em desenvolvimento que ainda enfrentam imensos desafios sociais e econômicos”.
Para ele, o mundo já enfrenta as consequências das mudanças climáticas. “A mudança do clima já não é uma ameaça do futuro; é uma tragédia do presente”, completou o presidente brasileiro.
O evento em Belém continua até a sexta-feira (21/11).
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