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Cotidiano

PF investiga metanol em bebidas que causa cegueira e já causou mortes em SP

No estado de São Paulo, houve pelo menos 22 casos de intoxicação, com cinco mortes, sendo apenas uma confirmada como causada por bebida adulterada

Bruno Hoffmann

30/09/2025 às 13:10  atualizado em 01/10/2025 às 08:30

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Diretor-geral da PF não descartou a possibilidade de ligação do crime organizado com a adulteração

Diretor-geral da PF não descartou a possibilidade de ligação do crime organizado com a adulteração | Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação para apurar a origem do metanol usado para batizar bebidas alcoólicas em cidades paulistas. Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, é provável que essa rede de distribuição da substância atue também em outros estados.

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No estado de São Paulo, houve pelo menos 22 casos de intoxicação, com cinco mortes, sendo apenas uma confirmada como causada por bebida adulterada. A informação foi anunciada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta terça-feira (30/9), e difere do que havia sido divulgado anteriormente, de que seriam três mortes confirmadas.

O crime acontece da seguinte maneira: falsificadores conseguem garrafas de marcas famosas de bebidas alcoólicas, como gin e vodca, e adulteram o conteúdo, acrescentando metanol. O produto, então, é comercializado.

A intoxicação pela substância pode apresentar sinais várias horas após o consumo, que incluem reações como cólicas violentas e perda de visão.

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O governador anunciou ainda que montou um gabinete de crise para enfrentar a situação.

Mortes

As mortes suspeitas são de um morador de São Bernardo do Campo, de 58 anos, de outro homem, de 54 anos, morador da capital paulista; e de um terceiro homem, de 45 anos, de origem ainda não informada.

Por enquanto, uma adega na zona sul de São Paulo e três bares da capital paulista, localizados nos Jardins e na Mooca, são investigados. A Polícia Civil de São Paulo apreendeu, nesta segunda-feira (29/9), 117 garrafas de bebidas alcoólicas nesses bares.

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O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, não descartou a possibilidade de ligação do crime organizado com a adulteração de bebidas alcoólicas contendo metanol.

Os estabelecimentos onde foi identificada a presença de bebida contaminada vão receber notificação do Ministério da Justiça para descobrir os fornecedores e outros detalhes sobre a bebida supostamente falsificada.

No último sábado (27/9), a Secretaria de Defesa do Consumidor divulgou uma nota técnica para todos os estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas, recomendando atenção a possíveis indícios de contaminação, como alterações na embalagem ou rótulos com aparência incomum.

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Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Brasil costuma registrar cerca de 20 casos por ano de intoxicação por metanol. “A partir de setembro, houve quase metade das notificações que costumam ocorrer no ano, concentradas somente em São Paulo, o que chama a atenção”, destacou o ministro.

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