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Cotidiano

Nobel de Literatura vai para húngaro que desafia o apocalipse com arte

László Krasznahorkai ganhou destaque com o romance 'Satantango', lançado em 1985

Hebert Dabanovich

09/10/2025 às 09:10

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Autor recebeu o prêmio 'por sua obra convincente e visionária que, em meio ao terror apocalíptico, reafirma o poder da arte'

Autor recebeu o prêmio 'por sua obra convincente e visionária que, em meio ao terror apocalíptico, reafirma o poder da arte' | Reprodução/Prêmio Nobel

O escritor húngaro László Krasznahorkai venceu o Prêmio Nobel de Literatura de 2025. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (9/10) pela Academia Sueca.

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Segundo o comitê, o autor recebeu o prêmio “por sua obra convincente e visionária que, em meio ao terror apocalíptico, reafirma o poder da arte”.

O valor da premiação deste ano é de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 6,2 milhões.

Quem é o vencedor

Nascido em 1954 na cidade de Gyula, Hungria, Krasznahorkai é formado em Direito na Faculdade József Attila, hoje integrada à Universidade de Szeged.

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Entre 1976 e 1978, também estudou na Universidade Eötvös Loránd, em Budapeste.

O autor ganhou destaque com o romance “Satantango”, lançado em 1985, que retrata um grupo de moradores em uma fazenda na zona rural da Hungria, em meio à crise que precedeu a derrocada do regime comunista no Leste Europeu.

A obra se tornou um marco literário no país e foi adaptada para o cinema pelo diretor Béla Tarr em 1994.

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Números do Prêmio Nobel

Desde 1901, o Prêmio Nobel de Literatura já foi concedido a 122 autores, em 118 edições. Em quatro ocasiões, dois nomes foram premiados no mesmo ano. Nenhum escritor recebeu o prêmio mais de uma vez.

A premiação foi suspensa em sete anos, principalmente devido a guerras mundiais ou falta de consenso entre os jurados: 1914, 1918, 1935, 1940, 1941, 1942 e 1943.

Rudyard Kipling foi o mais jovem laureado, aos 41 anos, em 1907. Doris Lessing foi a mais velha, premiada aos 87 anos, em 2007.

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Ao longo da história, dois escritores recusaram o prêmio: Boris Pasternak, em 1958, e Jean-Paul Sartre, em 1964. Pasternak foi obrigado pelas autoridades soviéticas a rejeitar a honraria, enquanto Sartre recusava qualquer tipo de reconhecimento institucional.

Últimos ganhadores do Nobel de Literatura

Em 2024, o prêmio foi concedido à sul-coreana Han Kang, “por sua intensa prosa poética que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana”, segundo a Academia.

Han nasceu em 1970, em Gwangju, no sul da Coreia do Sul, e se mudou para Seul aos nove anos. Filha de um romancista, ela também se dedicou à arte e à música, influências que marcam sua produção literária.

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Confira os últimos vencedores:

  • 2024: Han Kang (Coreia do Sul)
  • 2023: Jon Fosse (Noruega)
  • 2022: Annie Ernaux (França)
  • 2021: Abdulrazak Gurnah (Tanzânia)
  • 2020: Louise Glück (Estados Unidos)
  • 2019: Peter Handke (Áustria)
  • 2018: Olga Tokarczuk (Polônia)
  • 2017: Kazuo Ishiguro (Reino Unido)
  • 2016: Bob Dylan (Estados Unidos)
  • 2015: Svetlana Alexievich (Belarus)

Cronograma do Nobel 2025

Veja as datas das entregas dos prêmios: 

  • Medicina: segunda-feira (6/10)
  • Física: terça-feira (7/10)
  • Química: quarta-feira (8/10)
  • Literatura: quinta-feira (9/10)
  • Paz: sexta-feira (10/10)
  • Economia: segunda-feira (13/10)

O que é o Prêmio Nobel

Criado pelo químico e empresário Alfred Nobel, inventor da dinamite em 1867, o prêmio foi instituído a partir de seu testamento, que destinou a maior parte de sua fortuna à criação das premiações de Física, Química, Medicina, Literatura e Paz. O Nobel de Economia foi criado posteriormente.

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Segundo o documento, as honrarias devem ser concedidas “àqueles que, durante o ano anterior, tenham conferido o maior benefício à humanidade”.

Com o tempo, o critério se tornou mais flexível. De acordo com Juleen Zierath, membro do Instituto Karolinska, que participa do júri do Nobel de Medicina, o reconhecimento pode ocorrer em qualquer momento da carreira.

“Você pode ter feito a descoberta em um estágio inicial ou muito avançado da trajetória de pesquisa”, explicou a cientista.

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