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Não é de hoje que a Amazônia sofre. A questão não é culpar esse ou outro governo pelo desmatamento, e sim compreender que a situação é urgente. Destruir os recursos naturais é inerente ao ser humano e o resultado é que de todas as florestas tropicais do mundo, a Amazônia é a única que ainda está conservada em termos de tamanho e diversidade, e influencia o equilíbrio ambiental de todo o planeta.
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Por isso, a atenção do mundo se voltou para o Brasil, mas nem sempre foi assim. A queda de braço entre desenvolvimento e preservação ambiental se tornou preocupação mundial e foi parar na mesa de reuniões dos grandes líderes somente na década de 1990. Principalmente após a Eco 92, encontro em que se difundiu o conceito de desenvolvimento sustentável.
Nunca houve equilíbrio entre progresso e meio ambiente e essa luta acontece diariamente no território amazônico. O latifundiário tem sua terra, ali produz e para produzir mais, precisa desmatar. O raciocínio é simples, as consequências, não. Lucrar mais agora vai trazer prejuízos irreparáveis em um futuro bem próximo.
A umidade vinda da Amazônia e os rios da região alimentam regiões que geram 70% do PIB da América do Sul. Vital para o abastecimento de água doce do mundo, a floresta também armazena de 90 bilhões a 140 bilhões de toneladas métricas de carbono e ajuda a estabilizar o clima do planeta.
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Preservar a floresta e sua biodiversidade é demanda imediata e o alarme são os alertas emitidos pelos sistemas de monitoramento que mostram que o desmatamento na Amazônia cresceu 50% este ano. Julho foi o pior mês da série histórica, com mais de 2 mil quilômetros desmatados, uma alta de 278% em relação a julho do ano passado.
Negando esses números, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), além de comprar briga com a União Europeia e prejudicar acordos comerciais do Brasil e América Latina, não resolve o problema. Longe disso, o discurso e as ações do governo impactaram diretamente o aumento do desmatamento. Bolsonaro reduziu a verba para fiscalização, chamou o Ibama de "indústria da multa" e sempre deixou claro seu posicionamento antiambientalista, o quepode ter sido interpretado pelos ruralistas como uma "licença" para ampliar seus negócios. Não é uma ação direta, mas o discurso do chefe de estado tem consequências e não pode ser leviano. O governo brasileiro precisa demonstrar que está agindo para conter o desmatamento e tratar a política ambiental de forma mais responsável. A humanidade, acostumada a viver no imediatismo, mesmo a duras penas, ainda não aprendeu que os recursos naturais são findáveis.
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