Grande São Paulo
RETORNO. Alunos puderam entrar no prédio e pegar objetos pessoais que foram deixados para trás no momento das execuções
Na manhã de ontem, professores e estudantes foram recebidos na escola estadual Raul Brasil / / Julien Pereira /Fotoarena/Folhapress
Na manhã de ontem, professores, funcionários e estudantes da Escola Raul Brasil, em Suzano, foram recebidos com abraços e flores, ao voltarem ao local. Parte dos alunos voltou apenas para buscar os materiais que foram deixados para trás na pressa de fugir em meio ao massacre na última quarta-feira, que deixou 10 mortos. Até a tarde desta segunda-feira, outras quatro pessoas continuavam internadas.
Psicólogos participaram da acolhida à comunidade escolar. De acordo com o cronograma divulgado pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, a partir de hoje a escola será reaberta para os alunos participarem de atividades de acolhimento. A data de retomada das aulas ainda não está
definida.
Parte da fachada da escola foi pintada. As paredes internas também vão receber outra roupagem.
A placa com o nome da escola está no chão por conta da reforma. Uma estrutura metálica usada na reforma está montada na entrada principal da escola. No muro da escola, muitas pessoas deixaram homenagens, como cartazes, flores e velas.
Ataque.
Os assassinos Guilherme T. Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, mataram sete pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, na quarta-feira. Um deles baleou e matou o próprio tio, em uma loja de automóveis.
A investigação aponta que, depois do ataque na escola, um dos assassinos matou o comparsa e, em seguida, se suicidou. A polícia diz que os dois tinham um "pacto", segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.
Sobreviventes.
De acordo com a Secretaria de Saúde, quatro estudantes sobreviventes do massacre em Suzano permaneciam internados em hospitais da rede estadual na segunda- feira. Após o ataque, 11 feridos foram resgatados.
No início da manhã desta segunda, permaneciam em dois hospitais os estudantes Adna Isabella Bezerra de Paula, de 16 anos, Anderson Carrilho de Brito, de 15 anos, Leonardo Martinez Santos, de 16 anos, e Jenifer da Silva Cavalcante, de 15 anos. Todos os quadros eram considerados estáveis.
Mensagem.
O "G1" teve acesso nesta segunda-feira a uma mensagem enviada pelo papa Francisco às famílias e vítimas do massacre em Suzano. No texto assinado pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado de Sua Santidade, o papa "convida a todos, diante desta abominável tragédia, a promover a cultura da paz com o perdão, a justiça e o amor fraterno, como Jesus nos ensinou".
(Matheus Herbert)
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