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Caoa vai comprar fábrica da Ford em São Bernardo

Segundo fontes ligadas à negociação, Grupo Caoa manterá apenas a produção de caminhões na fábrica do ABC Paulista

Junior Dothcom

Publicado em 03/04/2019 às 01:00

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Em fevereiro, a Caoa já havia confirmado o interesse na fábrica que fica em São Bernardo do Campo / / Divulgação Ford

A Caoa vai assumir as operações da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP). O grupo brasileiro, capitaneado por Carlos Alberto de Oliveira Andrade, inclusive, já assinou um acordo para a compra da planta, segundo fontes ligadas à negociação.

Na planta paulista a Caoa manterá apenas a produção de caminhões. Até recentemente a unidade também fabricava o hatch Fiesta. A ideia é fazer os veículos pesados sob licença da Ford.

Trata-se de uma operação parecida com a que o grupo mantém com a Hyundai em Anápolis. Na planta do grupo em Goiás são feitos os Hyundai Tucson e ix35, além dos Tiggo 5X e Tiggo 7.

Em fevereiro, a Caoa já havia confirmado o interesse na fábrica. Em nota divulgada na ocasião, o grupo informou que mantém uma "forte parceria" com a Ford há quatro décadas. "Dessa forma, é natural que a Caoa e a Ford conversem sobre futuros negócios. Assim como ocorre com outras empresas", dizia o comunicado.

Oficialmente, nenhuma das duas empresas confirma o acordo

.

Estratégia.

A venda da fábrica da Ford no ABC paulista faz parte de um plano global de reestruturação da companhia norte-americana. Em abril do ano passado o "Jornal do Carro" noticiou que a empresa deixaria de oferecer os sedãs Fiesta, Focus e Fusion nos EUA e concentrar os investimentos na produção de SUVs. O objetivo da empresa é melhorar a rentabilidade.

Embora em 2017 a Ford tenha registrado lucro líquido de US$ 1,74 bilhão, valor superior ao US$ 1,6 bilhão de 2016, a margem caiu de 6,4% para 5,2% nos EUA. Até 2020, a empresa pretende ampliar a margem para 8% globalmente e 10% nos EUA. Com isso, a empresa deverá cortar US$ 25,5 bilhões em custos.

O plano também inclui uma parceria com a Volkswagen. Diferentemente do que ocorreu quando as duas companhias formaram a Autolatina, o acordo não prevê compra ou troca de ações.
(EC)

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