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CARAGUATATUBA. A tradicional 'Barcos ao Mar' é marcada pela religiosidade da comunidade pesqueira em busca de proteção
24/05/2019 às 01:00
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Barcos sairão do píer do Camaroeiro em procissão marítima, passando pela Prainha e Martin de Sá | DIVULGAÇÃO PMC
A 22ª edição da tradicional cerimônia "Barcos ao Mar", que marca o fim do Defeso do Camarão, será realizada neste domingo (26), a partir das 10h, no Mirante Por do Som, entre a Praia do Camaroeiro e a Pedra da Freira, em
Caraguatatuba.
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Neste evento, a comunidade pesqueira se reúne para pedir a proteção de São Pedro Pescador e de Nossa Senhora dos Navegantes para a abertura da pesca do crustáceo.
Esta cerimônia, organizada pela Fundacc (Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba) e prefeitura, também é o pontapé inicial para o Festival do Camarão, que será realizado entre os dias 12 e 21 de julho na Praça da Cultura, no centro.
RITUAL.
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Os pescadores participam da procissão terrestre e carregam o andor com as imagens de São Pedro Pescador e de Nossa Senhora dos Navegantes, após serem abençoados pelo padre Cláudio Rodrigues da Silva, pároco da Igreja Santa Terezinha.
Acompanhados pela Banda Municipal Carlos Gomes durante o cortejo a pé, eles seguem para os barcos enfeitados, saindo do píer do Camaroeiro em procissão marítima, passando pela Prainha e Martin de Sá.
HOMENAGEM.
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Durante a cerimônia "Barcos ao Mar" também será homenageado o pescador Nilo Rolim do Amaral, o Nilo Cabeça, recém-eleito presidente da Associação dos Pescadores da Praia do Camaroeiro.
Aos 54 anos, Nilo Cabeça conta que embora não seja caiçara - ele nasceu em Sorocaba, em 29 de junho de 1965, Dia de São Pedro Pescador - sua vida sempre esteve ligada ao mar. O pai era militar e pescador de Itanhaém, no litoral sul paulista, e sempre gostou de viajar.
Por isso, junto com 11 irmãos, teve a oportunidade de morar em várias cidades como Assis, Presidente Epitácio, Lorena, até chegar ao estado do Mato Grosso, onde a aventura foi na carroceria de um caminhão com toda a família.
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"Mas sempre que podia meu pai levava a gente para pescar já que tinha uma embarcação de 12 metros",
relembra.
Quando se mudou para a Praia do Camaroeiro, em 1985, um ano após servir o Exército como fuzileiro, era por Caraguatatuba que contemplava o mar. Ainda trabalhou na construção civil por cerca de dois anos, mas essa não era sua praia.
"Um dia, tava aqui na praia e vi uma chata enterrada. Retirei ela da areia, reformei e ficava pescando a remo mesmo", conta Cabeça.
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Foi assim que recebeu convite para trabalhar na tripulação do finado Café, do Alemão, do Jacobeli, do Guri, do Casemiro, como faz questão de lembrar, até conseguir comprar o seu barco com o qual até hoje usa no seu ofício. (GSP)
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