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Cotidiano

Ex-alunos abrem fogo e matam sete em escola

SUZANO. Pouco antes de invadirem a escola estadual Raul Brasil, um dos ex-alunos executou o próprio tio em uma loja da cidade; após os crimes a dupla teria se suicidado

Matheus Herbert

14/03/2019 às 01:00

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Após os crimes, dentro da escola foi encontrado um arco e flecha tradicional, um revólver 38 entre outros equipamentos

Após os crimes, dentro da escola foi encontrado um arco e flecha tradicional, um revólver 38 entre outros equipamentos | /REPRODUÇÃO

Dois ex-alunos da escola estadual Raul Brasil, em Suzano, identificados como Guilherme Tauci Monteiro, de 17 anos e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, invadiram a unidade de ensino e mataram sete pessoas na manhã desta quarta-feira. Entre as vítimas estão cinco alunos do ensino médio e dois funcionários. Após os crimes, os dois assassinos teriam cometido suicídio. A motivação dos crimes ainda é
investigada.

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Antes de cometerem o massacre na escola estadual, Guilherme Tauci atirou e matou o tio, Jorge Antonio de Moraes dentro de uma loja de veículos que fica a cerca de 500 metros da escola. Jorge foi levado ao Hospital das Clínicas na Capital, onde foi submetido a uma cirurgia, mas morreu em decorrência dos ferimentos.

Após executar o tio, Guilherme se juntou com Luiz Henrique de Castro e seguiram de carro para a escola onde foram efetuados os outros disparos. A Polícia Civil investiga se o carro foi roubado da concessionária do tio de Guilherme ou se era alugado.

Um vídeo feito por câmera de segurança mostra o momento em que os dois criminosos chegam à unidade de ensino, pouco antes das 10h. Guilherme e Henrique estavam em um carro branco, estacionaram em frente ao portão do colégio e entraram pela porta da frente, que já estava aberta. A mesma câmera mostra, minutos depois, muitos alunos fugindo.

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Dentro da unidade foram executadas as funcionárias Marilena Ferreira Vieira Umezo (coordenadora pedagógica) e Eliana Regina de Oliveira Xavier e os alunos, Pablo Henrique Rodrigues, Clayton Antônio Ribeiro, Samuel Melquíades Silva de Oliveira, Douglas Murilo Celestino e Caio Oliveira. As idades não foram divulgadas até o fechamento desta edição.

Em entrevista coletiva na tarde de ontem, o coronel Marcelo Salles, comandante-geral da PM disse que os assassinos abordaram primeiro as funcionárias da escola. "Eles ingressaram na escola, atiraram na coordenadora pedagógica, atiraram numa outra funcionária. Estava na hora do lanche, eles se dirigiram ao pátio, atiraram em mais quatro alunos do ensino médio", disse.

"Nesse horário, só havia alunos do ensino médio, e [os assassinos] dirigiram-se ao centro de línguas. Os alunos do centro de línguas se fecharam na sala com a professora e eles [os autores do ataque] se suicidaram no corredor", complementou o
coronel.

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Após os crimes, dentro da escola foi encontrado: um revólver 38, quatro jet luders (que são plásticos para recarregamento de arma), uma besta (um tipo de arco e flecha que dispara na horizontal), um arco e flecha tradicional, garrafas que aparentavam ser coquetéis molotov e uma mala com fios. Um dos autores do ataque também tinha uma espécie de machado na cintura.

Além das sete mortes e os dois suicídios na escola, outros alunos feridos foram socorridos. De acordo com o último balanço da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, os alunos Anderson Carrilho de Brito, Adna Bezerra, Anderson Carrilho de Brito, Beatriz Gonçalves, Guilherme Ramos, Jennifer Silva Cavalcanti, Leonardo Vinicius Santana, Leticia Melo Nunes, Murilo Gomes Louro Benite e Samuel Silva Felix foram levados para hospitais da região de Mogi. As idades também não foram divulgadas.

Raul Brasil.

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A escola tem cerca de 1 mil alunos matriculados e 105 funcionários, segundo dados do Censo Escolar de 2017. A escola oferece turmas do 6º ano do ensino fundamental à 3ª série do Ensino Médio

Investigação.

A polícia investiga a forma como morreram os dois jovens que invadiram a escola estadual. Após as execuções os dois atiradores teriam se deparado com três policiais militares, com escudos. Já em relação aos motivos que levaram as execuções, essas ainda são desconhecidas.

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Inicialmente, a polícia havia dito que os dois invasores se suicidaram. Agora, o secretário de Segurança Pública cogita a hipótese de que um dos invasores tenha atirado no outro ao se deparar com os PMs e depois se matado.

"Nenhuma hipótese é afastada. O que se sabe é o seguinte. O sargento da Força Tática estava a 10 metros deles. Eles viram o sargento Camargo, a cabo Ariana e o cabo Diniz indo de encontro a eles. Aí, ele escutou dois disparos. Um, possivelmente, teria sido eliminado. E esse que eliminou teria se suicidado", disse o secretário João Camilo Pires de Campos.
(Matheus Herbert)

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