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Fase amarela pode piorar pandemia do desemprego

O comércio não vai suportar mais um período de rigidez e as pessoas precisam trabalhar; mais importante que diminuir o horário de funcionamento neste momento é cumprir as normas sanitárias

Bruno Hoffmann

10/12/2020 às 01:00  atualizado em 10/12/2020 às 10:35

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Tenente Coimbra é deputado estadual em São Paulo pelo PSL

Tenente Coimbra é deputado estadual em São Paulo pelo PSL | Divulgação/Alesp

A pandemia já deixou um rastro de mais de 43 mil mortos no estado de São Paulo. Além de tantas vidas ceifadas, outras milhares de pessoas perderam seus empregos e passam por dificuldades para sustentar suas famílias. Com a economia abalada, bilhões de reais foram perdidos e muitas oportunidades deixaram de ser criadas.

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Segundo dados da Fundação SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados), entre janeiro e outubro deste ano, o número de empregos formais no estado diminuiu em 92 mil. O valor representa 53,8% da redução de postos em todo o país. Ainda de acordo com o estudo, o setor do comércio foi o que mais sofreu com a perda de vagas.

O cenário piora quando lembramos que os dados não incluem os empregos informais, que abrangem outras milhares de pessoas que sofreram diretamente com a paralisação dos serviços durante a quarentena.

Mesmo com números desastrosos para a economia e para as famílias que estão sem sustento, o governador João Doria, na última semana, anunciou a regressão de todas as regiões do estado para a fase amarela do "plano de flexibilização econômica", limitando novamente o horário de funcionamento do comércio, que abrirá apenas 10 horas por dia e terá que fechar até às 22h.

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A medida foi adotada mesmo sem a certeza de que a redução do horário de funcionamento das atividades ajuda a diminuir a propagação do coronavírus. O que se percebe é que aumentam as aglomerações em horários de pico graças justamente à limitação do tempo.

Ficando aberto por menor tempo, os comércios perdem lucro e consequentemente têm mais dificuldades para pagar seus funcionários e se manterem. Nos piores casos, acontecem as demissões e até o fechamento total do estabelecimento.

O comércio não vai suportar mais um período de rigidez e as pessoas precisam trabalhar. Mais importante que diminuir o horário de funcionamento neste momento é cumprir as normas sanitárias de distanciamento, capacidade máxima e higiene. Ao estender o horário, mais pessoas poderão ser atendidas, menos aglomerações serão formadas, mais vagas de emprego serão criadas e a economia poderá se reaquecer.

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É inimaginável pensar que Doria e sua equipe não tenham feito esta avaliação. Fica a dúvida, ainda, do porquê desta medida ter sido tomada um dia após o segundo turno das eleições. Antes dessa data, ela já não era necessária?

O governador prometeu em vídeo, nas suas redes sociais, não aumentar as restrições da quarentena logo após o pleito. Descumpriu. De forma contrária, colaborou para gerar aglomerações ao prestar apoio à campanha eleitoral de Bruno Covas, inclusive estando na reunião que comemorou a vitória do prefeito.

Municípios como São Vicente e Americana já estão seguindo caminhos diferente ao imposto pelo Estado, para não prejudicar a população. Santos idem. Doria não pode obrigar municípios a adotarem limitações que prejudicarão milhares de empreendedores e trabalhadores, aumentarão as aglomerações nos estabelecimentos e não controlarão a pandemia.

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*Tenente Coimbra é natural de Santos/SP. Foi eleito deputado estadual com 24.109 votos pelo PSL

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