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Frases 'Não sou coveiro' e 'O Brasil está quebrado e eu não consigo fazer nada' poderiam ter sido ditas por qualquer pessoa comum desde que esta não tivesse cargo, responsabilidade, voto e representatividade nacional
15/01/2021 às 16:22 atualizado em 15/01/2021 às 16:30
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O número de mortes e casos de coronavírus estão em alta no Brasil | Sandro Pereira/Folhapress
Assumir responsabilidade ao tomar ações efetivas contra um problema que assola parte, ou a população toda, é prerrogativa de um chefe de Estado. Cabe a um Presidente da República decidir, comandar e zelar pela nação como um todo, socialmente e economicamente. Para isso, é necessário montar um time com especialistas em cada área da administração pública que vão propor soluções para o desenvolvimento do País e também atuar em casos de emergências.
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Como termômetro para essas ações, se são pertinentes ou não, se o dinheiro público está sendo bem empregado, existem os deputados e senadores, exercendo papel fundamental em território democrático. Pois bem, o Brasil vive uma emergência sem precedentes e não temos os representantes de poder atuando em prol da população.
As frases “Não sou coveiro”, “O Brasil está quebrado e eu não consigo fazer nada” e “Se a vacina tiver um efeito colateral ou um problema qualquer já sabem que não vão cobrar de mim” poderiam ter sido ditas por qualquer pessoa comum desde que esta não tivesse cargo, responsabilidade, voto e representatividade nacional. Enquanto o Brasil perdeu 200 mil vidas, e centenas de pessoas agonizam a espera de oxigênio em Manaus, a única coisa que as autoridades sabem fazer é ‘lavar as mãos’. Expressão essa que infelizmente não é no sentido literal, porque se fosse pelo menos saberíamos da intenção do auto cuidado e do cuidado ao próximo na prevenção ao coronavírus. Longe disso.
E quando se acha que a notícia é boa, afinal de contas finalmente um avião decolou do Brasil para a Índia para buscar vacinas contra a Covid-19, mais uma vez, o governo mostra despreparo e falta de planejamento. O governo indiano disse que o envio terá que ser adiado e que a logística não está acertada.
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Não dá mais para tolerar falta de controle, planejamento e coerência. Enquanto mães imploram pela vida de seus filhos e filhos choram em caixões a morte dos seus pais, deputados e senadores estão curtindo umas férias e só devem voltar para votar medidas urgentes em fevereiro. Descaso, irresponsabilidade, despreparo e incompetência não deveriam servir para descrever governantes, aqueles que decidem o presente e o futuro de uma nação. Aos que nesta nação residem, o sufocamento é inevitável.
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