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Motoristas fazem greve e preço sobe

APLICATIVOS DESLIGADOS. Motoristas deixaram de rodar para protestar por melhor remuneração pelas corridas realizadas

Vanessa Zampronho

Publicado em 09/05/2019 às 01:00

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No protesto no centro da Capital, motoristas reivindicaram melhores pagamentos por corrida / /NELSON ANTOINE/FOLHAPRESS

Chamar motoristas do Uber ou da 99 foi mais difícil ontem: grande parte dos profissionais desligaram seus aplicativos das duas empresas, para reivindicar uma melhor remuneração por corrida. Por conta disso, os passageiros que conseguiram chamar um carro para se deslocar pela cidade acabaram pagando tarifas maiores.

Os aplicativos ficaram desligados da 0h de quarta até a 0h de quinta-feira. O protesto foi organizado em grupos de WhatsApp de motoristas das duas empresas, que tiveram a liberdade de escolher se iriam aderir ou não ao movimento.

Além de ter um melhor pagamento pelas corridas, os motoristas da Uber, por exemplo, pedem para que a empresa reduza a taxa cobrada por viagem, que varia de 25% a 40%. Essa mudança no pagamento dos motoristas impactaria diretamente no valor cobrado dos passageiros, que ficaria mais caro.

Outra reivindicação é que o sistema informe o motorista do Uber o destino do passageiro antes de aceitar a corrida - em muitos casos, o motorista só fica sabendo onde o passageiro vai depois desse aceite. Os profissionais reclamam também do alto preço do combustível.

Em São Paulo, os motoristas fizeram carreata pelo centro da cidade. A paralisação dos motoristas aconteceu também no Rio de Janeiro, Brasília, Bahia e Pernambuco. Fora do Brasil, houve manifestações na Austrália, Reino Unido e Estados Unidos. O protesto acontece poucos dias antes da abertura do capital da Uber na Bolsa de Valores dos EUA, que acontece nesta sexta-feira. O valor da venda de todas as ações do Uber pode chegar a
US$ 90 bilhões (equivalente a
R$ 350 bilhões).

A Uber no Brasil não havia se manifestado a respeito da paralisação dos motoristas até o fechamento desta edição. Nos Estados Unidos, a empresa fez um pronunciamento, dizendo que reconhece os esforços dos motoristas em realizar um ótimo trabalho, e que vai se empenhar em melhorar a remuneração dos profissionais pelas corridas realizadas.

A 99 divulgou a seguinte nota: "A 99 informa que a remuneração de seus motoristas contempla duas variáveis: tempo e distância percorrida, além de uma tarifa mínima. Os ganhos do condutor são calculados de forma independente do valor pago pelo passageiro. A empresa reforça seu compromisso de trabalhar para aumentar a renda dos condutores por meio de um número maior de chamadas e da cobrança de taxas menores em comparação à concorrência. Em relação às manifestações, a 99 é a favor da liberdade de expressão."

Os motoristas da 99 já haviam realizado protestos no dia 25 de abril na sede da empresa, depois que ela mudou a remuneração pelas corridas. No dia seguinte, os profissionais do Uber também se manifestaram contra a forma de pagamento dos trajetos. (GSP)

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