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Memórias de Porto Feliz

O Antigo Prédio Escolar e as Filhas de São José

Congregação remete à cidade italiana de Veneza do século XIX, quando o jovem sacerdote Luís Caburlotto, acolheu milhares de crianças órfãs abandonadas pelas ruas

Reinaldo Crocco Júnior

29/04/2022 às 15:10  atualizado em 29/04/2022 às 19:21

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O Antigo Prédio Escolar e as Filhas de São José Memórias de Porto feliz

O Antigo Prédio Escolar e as Filhas de São José Memórias de Porto feliz | Reprodução Facebook

A bela foto que ilustra esta matéria nos mostra o antigo casarão do Externato São José na atual Praça Dr. José Sacramento e Silva, esquina com a Rua José Bonifácio, no mesmo local onde hoje se encontra o moderno edifício daquele respeitável educandário.

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A história da Congregação das Filhas de São José nos remete à cidade italiana de Veneza do século XIX, quando o jovem sacerdote Luís Caburlotto, atendendo aos apelos que lhes eram feitos por Deus em decorrência da triste realidade resultante das guerras com a Áustria, sentiu-se inquieto ao ver milhares de crianças órfãs abandonadas pelas ruas, entregues à toda espécie de vícios, e que precisavam ser salvas.

Em resposta àquela situação e com o auxílio de outras jovens sonhadoras, todas catequistas da sua paróquia, o nobre sacerdote acolheu aquelas crianças, motivando o crescimento do grupo e dando origem à organização de uma congregação religiosa que culminou com a fundação do Instituto das Filhas de São José no dia 30 de abril de 1850. Muito feliz e consciente da sua boa obra, o Padre Luís Caburlotto confiou o carisma educativo da sua congregação ao modelo e exemplo de São José, educador de Nosso Senhor Jesus Cristo.

As Filhas de São José, responsáveis pela efetiva concretização do sonho do ilustre sacerdote, fizeram com que a obra e o carisma daquele homem de Deus se estendessem no tempo e no espaço. Da Itália as Irmãs foram às Filipinas em 1922; vieram ao Brasil em 1927, e foram ao Quênia em 2002, levando educação aos jovens e crianças das mais diferentes condições sociais.

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As Irmãs da Congregação das Filhas de São José chegaram a Porto Feliz há aproximadamente oitenta e oito anos, precisamente no dia 24 de agosto de 1934, época em que o país dava seus primeiros passos para organizar um regime democrático que assegurasse à nação a unidade, a liberdade, a justiça e o bem-estar social e econômico, apregoados pela Constituição Federal de 16 de julho de 1934. A princípio foram três freiras: Clélia Brancaglion, Felicita Dalcin e Feliciana Pétris, todas oriundas da cidade de Santa Rita do Passa Quatro, devidamente acompanhadas pela Irmã Dositea Da Ré.

Nesta cidade foram festivamente recepcionadas pela população, em solenidade preparada pelo então Vigário da Paróquia de Nossa Senhora Mãe dos Homens, Cônego José Pedro Belloti. Há quase 88 anos as Irmãs Filhas de São José vêm realizando importante trabalho na educação das nossas crianças e jovens, razão pela qual são merecedoras do reconhecimento e da gratidão da população porto-felicense.

Observem na foto a imponência e a bela arquitetura do imóvel, bem como suas inúmeras janelas, o que era usual naqueles velhos tempos que compuseram a histórica década de 1930. Observem, também, a escadaria de acesso à praça, os antigos postinhos de iluminação pública e o traje elegante do cidadão que caminhava pelo local! Foi um dia na história passada / desta gente que alegre se diz / bandeirantes que daqui partiram / encheram de glórias o Porto Feliz! 

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