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O saudoso Lilo Agueiro abasteceu por muitos anos as velhas talhas de barro que existiam necessariamente em todas as casas de residência de Porto Feliz | Acervo do Professor Roberto Prestes de Souza
De acordo com os historiadores foi a partir do século dezenove que o sistema de abastecimento de água no Brasil adquiriu alguma semelhança com o atual. Antes disso o abastecimento de água potável era feito diretamente na fonte, por meio da retirada nos rios, lagos ou poços, sem nenhum sistema de tratamento ou canalização.
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As dificuldades das diferentes épocas, todavia, motivaram a criatividade popular promovendo o surgimento das mais variadas formas de distribuição de água potável, gênero de primeiríssima necessidade para a vida humana.
Foi assim que surgiu a profissão de “Agueiro”, exercida por aquele cidadão que se dispunha a encontrar, captar e transportar água de boa qualidade das fontes e bicas espalhadas por localidades distantes do centro urbano.
O “Agueiro” abastecia e dirigia uma espécie de tonel acoplado a uma carroça e percorria as ruas da cidade fazendo a entrega das latas d’agua diretamente nas residências da sua clientela. A profissão de “Agueiro” persistiu por muitos anos neste município, e foi desaparecendo gradativamente na medida em que houve a evolução da rede pública de distribuição de água domiciliar.
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A foto que ilustra este texto é da década de 1950 e mostra o saudoso Lilo Agueiro e sua famosa carroça-tanque movida por uma parelha de burros, no momento em que fazia a entrega de água potável para a população de Porto Feliz.
Naquele tempo o Rio Tietê era a única fonte de captação de água encanada para fornecimento público, numa época ainda bastante precária para atender às necessidades da população. Essa foto foi feita no antigo Largo da Penha, mostrando ao fundo o arvoredo que existia no local, bem como parte do casarão que foi Fórum da Comarca, Presídio e ainda serviu de abrigo à Guarda Civil Municipal.
Nesse tempo a água encanada ainda era um serviço público bem deficiente, situação que praticamente impunha a aquisição da água captada nas bicas e minas d’agua e transportada pelos “Agueiros”.
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O saudoso Lilo Agueiro costumava recolher a água que comercializava diretamente de uma fonte denominada “Santa Elisa”, que se localizava no atual Bairro da Ponte. Essa água era considerada cristalina em comparação com a chamada “água da torneira”, captada diretamente do Rio Tietê.
O saudoso Lilo Agueiro abasteceu por muitos anos as velhas talhas de barro que existiam necessariamente em todas as casas de residência.
Outro cidadão que trabalhou por muitos anos como “Agueiro” foi o saudoso Miguel Polaco, que captava o precioso líquido em uma fonte localizada em sua propriedade rural e, diariamente, fazia a entrega à sua vasta clientela.
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É sempre importante relembrar a história e conhecer as dificuldades enfrentadas nos velhos tempos, para que possamos valorizar e aplaudir o progresso experimentado pela nossa cidade, atualmente abastecida por água encanada pura e cuidadosamente tratada, captada diretamente do Ribeirão Avecuia principal manancial de abastecimento público de Porto Feliz! Salve Terra das Monções / Tua gente varonil / Honrará tuas tradições / E a grandeza do Brasil!
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