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Ainda em dezembro do ano passado, os brasileiros assistiam invejosos ao início da vacinação contra o coronavírus em outros países. Mesmo que tardia, a campanha de imunização começou no Brasil e vem caminhando a passos lentos, grande parte por culpa da demora do governo federal na compra de vacinas e em decorrência do tamanho continental deste País.
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Aquele momento de desconfiança foi dando lugar à esperança a cada dose aplicada. Vez ou outra o medo volta a ver que existem muitas pessoas de má fé ou que querem tirar proveito de tudo e qualquer situação, como é o caso das "vacinas de ar". Porém, na maioria dos casos, os grupos prioritários seguem se vacinando sem nenhuma intercorrência.
Definiu-se os grupos prioritários como àqueles mais suscetíveis a intercorrências graves causadas pela Covid-19, e assim o calendário foi avançando. Mas a cada semana, o grupo prioritário vai inchando, ganhando outras categorias, e assim a fila da vacinação não segue uma linearidade e vai sendo "furada" a cada nova grande necessidade imediata.
Sim, todos precisam ser vacinados e seria utopicamente lindo se conseguíssemos imunizar em um curto espaço de tempo mais de 200 milhões de pessoas, mas infelizmente não é possível nos próximos meses. A vacina como único caminho para a volta à normalidade fez com que Projetos de Leis em municípios fossem usados para incluir cada vez mais categorias nas prioridades. Além de idosos e profissionais de saúde na linha de frente de combate à Covid, vieram profissionais de estética, de educação física, depois, policiais, guardas municipais, professores, pessoas que prestam serviços às prefeituras, motoristas de ônibus, motoristas de táxi e aplicativos, agora pessoas com doenças crônicas.... a fila de prioridade da imunização não para de crescer.
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Em vez de os governantes lutarem pela vacinação coletiva, pela compra de mais vacinas, por um calendário mais uniforme, cada um vai propondo um projeto que, em alguns casos, parece ser feito apenas para agradar o seu grupo eleitoral.
E assim o calendário se abrange, mas não chega a todos. É impressionante a capacidade do brasileiro de angariar vantagens em benefício próprio em detrimento do bem coletivo. Todas as categorias e grupos deveriam ser prioritários, sim, mas enquanto não tivermos vacinas suficientes para toda a população, o menos egoísta e mais sensato a se fazer é esperar a sua vez e continuar se protegendo.
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