Preço dos alimentos Política monetária dos EUA vai aliviar inflação no Brasil nas próximas semanas

O aumento dos juros previsto para este mês nos Estados Unidos não aconteceu. E isso diminuiu o interesse de investidores internacionais pelo dólar, reduzindo sua cotação frente a outras moedas, inclusive o real. E real valorizado torna os produtos brasileiros mais caros no exterior, o que reduz a procura pelo milho e pela soja produzidos aqui. E esse cenário, associado ao início da colheita da safrinha de inverno no Brasil e ao retorno das chuvas nas lavouras de grãos dos EUA, vai impactar positivamente seu bolso nos próximos meses.

Os sinais dessa reversão ficaram evidentes ao longo desta semana, com quedas generalizadas nas cotações do milho, da soja e até do trigo no mercado brasileiro. E isso deve reduzir a pressão sobre o preço das carnes, dos ovos, das rações de animais domésticos e até do leite, embora este último esteja na entressafra até outubro.

Ao longo da semana, a Bolsa Brasileira (B3) registrou o menor valor para o milho no País desde fevereiro, no auge da safra de verão. Nesta semana, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais reduziu para baixo o volume de soja a ser exportado pelo Brasil neste mês. Em maio, foram 14,2 milhões de toneladas do grão vendidas para o exterior. Neste mês, com o dólar em baixa, os embarques devem ficar perto de 11 milhões de toneladas, o que vai ampliar a oferta de matéria-prima para as indústrias de óleos vegetais e rações.

Como o Brasil produz só metade do trigo que consome, o dólar em baixa vai tornar as importações do grão mais baratas, com impacto direto no preço dos pães e das massas. Porém, nenhum analista se arrisca a prever por quanto tempo vão durar essas circunstâncias favoráveis ao consumidor...

Terceira safra

Nas próximas semanas, a pressão também deverá diminuir sobre o preço do feijão carioca. Neste caso, não há relação com o dólar porque o grão só é consumido no Brasil. E Goiás começa agora a colher a terceira safra do ano...

Etanol e gasolina

Por outro lado, a agência Reuters prevê maior pressão sobre o etanol e a gasolina nos próximos meses porque o mercado internacional precisa de mais açúcar. Logo, parte da cana que está sendo colhida agora deverá virar adoçante. No agregado da safra atual (de abril até agora), o hidratado acumula alta de 24,1%, segundo o Indicador CEPEA/ESALQ. Misturado à gasolina, o anidro já subiu 33,4%.

Viva o Nordeste!

O Nordeste é a região com o maior número de equipes na final da 13ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, com destaque para Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Bahia. Ao todo, estudantes de 99 cidades de todo País irão concorrer a medalhas de bronze, prata e ouro oferecidas pela Unicamp. A Olimpíada recebeu inscrições de 28 mil alunos dos 8º e 9º anos e a prova final acontece em 16 de agosto.