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Capital

Promotoria pede suspensão de obras do viaduto da Marginal

Bruno Hoffmann

Publicado em 27/02/2019 às 01:00

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Prefeito visitou obras de viaduto da Marginal Pinheiros em 12 de fevereiro; a liberação estava prevista para ocorrer no dia 15 de março / /Luiz Guadanoli Secom

Ação civil pública da Promotoria de Patrimônio Público da capital de São Paulo pediu à Justiça a suspensão das obras de recuperação do viaduto que cedeu na marginal Pinheiros. De acordo com o promotor Marcelo Milani, é falso o caráter emergencial do contrato firmado entre a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) e a empresa JZ Engenharia, responsável pelas obras de recuperação. A liberação da via estava prevista para ocorrer no próximo dia 15. "Foi uma emergência fabricada. Problemas de estrutura no viaduto são conhecidos pela prefeitura ao menos desde 2012", disse o promotor. "Essa administração foi advertida diversas vezes pelo DER sobre risco estrutural", continuou o promotor ao citar o Departamento de Estradas e Rodagem, órgão estadual que construiu o viaduto na década de 1970.

Parte do viaduto localizado na marginal Pinheiros em frente ao parque Villa-Lobos cedeu em 15 de novembro do ano passado. A falha na estrutura criou um degrau de cerca de 2 metros. A interdição da via teve reflexos diversos no trânsito. Foi preciso contratar uma empresa de forma emergencial, sem licitação, para recuperar a estrutura. O incidente no viaduto da Marginal colocou a manutenção de pontes e viadutos como prioridade na gestão Covas.

O TCM (Tribunal de Contas do Município) autorizou a contratação de empresas em regime emergencial para fazer a vistoria detalhada de pontes e viadutos. Relatórios preliminares apontaram risco de colapso em ao menos oito estruturas viárias na cidade, entre elas as pontes Cidade Jardim, Cidade Universitária e Eusébio Matoso. A prefeitura negou o risco e fez as empresas contratadas assinarem um termo de confidencialidade sobre as obras.

Além da interrupção das obras, a ação civil pública apresentada à Justiça acusa o prefeito Covas de improbidade administrativa. O secretário de Obras, Vitor Aly, o mandante anterior da pasta Marcos Penido, o superintendente do DER, Rafael Amaral Campos Júnior, e a empresa JZ Engenharia também figuram como réus da ação. (EC)

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