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Ricardo Boechat morre em queda de helicóptero

AOS 66 ANOS. Um dos jornalistas mais importantes do País morreu na queda de um helicóptero no Rodoanel nesta segunda

Bruno Hoffmann

Publicado em 12/02/2019 às 01:00

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Um caminhão foi atingido na queda; motorista não sofre risco / /Danilo Verpa/Folhapress

O jornalista Ricardo Eugênio Boechat, de 66 anos, morreu na queda de um helicóptero no Rodoanel no início da tarde desta segunda-feira. A aeronave caiu no quilômetro 7, próximo ao acesso à rodovia Anhanguera, na chegada a São Paulo, em cima de um caminhão. O piloto da aeronave, Ronaldo Quattrucci, também morreu. O motorista do caminhão foi socorrido e não corre risco de morte.

Boechat nasceu em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires. Na época, o pai, diplomata, estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores na Argentina.

Ele era apresentador do "Jornal da Band" e da rádio "BandNews FM", além de ser colunista da revista "IstoÉ". Trabalhou no "Estado" e, também, nos jornais "O Globo" e "O Dia", "Jornal do Brasil" e na "TV Globo".

Ele é ganhador de três prêmios Esso e é um dos maiores ganhadores da história do Prêmio Comunique-se, como âncora de rádio, âncora de televisão e colunista. Também foi eleito o jornalista mais admirado do País na pesquisa do Jornalistas&Cia em 2014.

O jornalista estava voltando de Campinas, onde tinha ido dar uma palestra. Boechat deixa a esposa Veruska Seibel e seis filhos, entre 10 e 40 anos de idade.

ACIDENTE.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave caiu em cima de um caminhão que trafegava pela via, no sentido interior, próximo à praça do pedágio. O motorista do caminhão foi socorrido pela concessionária. Os bombeiros informaram que 11 viaturas foram deslocadas para o local para o resgate. Ainda de acordo com os bombeiros, a aeronave que caiu era do modelo BELL PT HPG. Foram feitas interdições parciais na pista do Rodoanel.

REPERCUSSÃO.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), lamentou em uma rede social a morte do jornalista. "É com pesar que recebo a triste notícia do falecimento do jornalista Ricardo Boechat, que estava no helicóptero que caiu hoje em SP. Minha solidariedade à família do profissional e colega que sempre tive muito respeito, bem como do piloto. Que Deus console a todos!".

Coube ao colega de emissora, José Luiz Datena, interromper a programação da "Band" para informar sobre a morte do companheiro de profissão. Às lágrimas, o apresentador afirmou: "Até os inimigos respeitavam Boechat. Porque era muito difícil contestá-lo. De uma maneira ou de outra, ele tinha uma virtude: era verdadeiro 24 horas por dia".

Marina Silva, que concorreu à presidência da República nas últimas eleições pela Rede, afirmou: "Boechat fará uma falta enorme ao jornalismo, ainda mais nesse momento do país. Que Deus conforte sua família, amigos e colegas de trabalho nesse momento de perda e dor".

Já o colunista José Simão, que fazia participações nos programas comandados por Boechat na "Rádio BandNews" em que comentava os assuntos do dia com bom-humor, se despediu pelo Twitter: "Meu amigo querido! Meu vice amado!".

Por sua vez, o jornalista da CBN Milton Jung escreveu em uma rede social: "Tá difícil de segurar a onda por aqui. Um dia choro por centenas, noutro por dezenas, agora choro por um colega: Ricardo Boechat, agora não! O jornalismo precisa de você".

A jornalista Miriam Leitão, da "TV Globo", falou sobre a perda do colega. "Não posso acreditar. Eu lhe devo tantos favores, tantas palavras generosas em momentos difíceis. Você foi pessoa linda, jornalista maravilhoso".

A colunista e jornalista do "Estado de S. Paulo" Vera Magalhães afirmou: "Com tudo o que era, conseguia ser generoso com quem tinha menos experiência. No encontro que tivemos, me brindou com essa generosidade que nem sei se merecia".

O comentarista Guga Chacra escreveu: "Meus sentimentos para a família do Boechat, um dos melhores e mais geniais jornalistas e comunicadores do Brasil".

Alguns ouvintes perceberam que a "BandNews FM" saiu do ar por alguns minutos durante a tarde desta segunda-feira. De acordo com relatos, os colegas de Boechat, emocionados, não conseguiram manter a programação no ar. (Bruno Hoffmann e EC)

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