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Seleção do Brasileirão e melhor time do país não refletem convocação de Tite

Agora é tarde, mas o treinador da seleção deveria olhar com mais carinho para o futebol brasileiro

Bruno Hoffmann

08/11/2022 às 17:29  atualizado em 08/11/2022 às 17:52

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Tite

Tite | Lucas Figueiredo/CBF

A minha seleção do Brasileirão 2022 é um misto entre os times que jogaram o melhor futebol da competição: o incontestável campeão Palmeiras e o fascinante Fluminense de Diniz, que emplacou o primeiro trabalho sem sustos em um time grande. 

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A exceção da seleção é o goleiro Cássio, que desde 2014 seria o meu goleiro titular do Brasil, mesmo com o ótimo Alisson merecendo estar ali. O goleiro corintiano é o mais decisivo da posição em muitos anos entre todos os brasileiros. Recuperou a velha forma e é o principal jogador do Corinthians na temporada. 3º reserva em 2018, não fez parte do ciclo de Tite para 2022. 

Por falar em Tite, o treinador da seleção deveria olhar com mais carinho para o futebol brasileiro. Faz justiça com Everton Ribeiro e Pedro. Talvez seja injusto com o decisivo Gabriel Barbosa. 

Da minha seleção do Brasileirão (que está no final do texto), além de Cássio, acredito que Dudu e Scarpa deveriam ter mais a atenção do treinador. Em um dado momento, Veiga, outro palmeirense, também merecia oportunidade. O jovem volante Danilo foi o único que recebeu uma oportunidade na seleção, mas sequer entrou em campo, esquecido por Tite. O goleiro Weverton é o único representante do time mais vencedor dos últimos anos no Brasil, com clara proposta de jogo e um treinador que fez muito bem para o futebol brasileiro e para os atletas que passam por suas mãos.

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Abel Ferreira seria minha escolha para suceder Tite na seleção. Acredito que receberá um convite da CBF, mas se tivesse que apostar, diria que Abel deve recusar, por dois motivos. 

O primeiro é que o treinador tem perfil obstinado, daqueles que é movido pelo trabalho do dia a dia, do contato próximo com os atletas. Coisa que o ambiente de seleção não proporciona. A outra questão tem relação com o que o emprego em uma seleção representa atualmente. Técnicos mais jovens tendem a optar por clubes de ponta ao invés de seleções campeãs, que viraram o emprego de luxo pra treinadores mais experientes, como uma cereja do bolo. 

Indo por essa linha, um nome interessante seria o do multicampeão Carlo Ancelotti. O italiano, atual técnico do Real Madrid, já ganhou tudo na elite do continente Europeu, em vários de países diferentes. E tem um futebol considerado pragmático, assim como a maioria que passou pela seleção nos últimos tempos. Assumir o Brasil, a essa altura da carreira, seria um desafio interessante para um treinador mega experiente e acostumado com jogadores internacionais. Tite olha tão pouco para o futebol brasileiro que não faria tanta diferença um estrangeiro que não deve nem imaginar quem é o atual campeão por aqui. 

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Não vejo nenhum treinador brasileiro com nível suficiente pra assumir o time canarinho após a Copa de 2022. Creio que as últimas experiências bem sucedidas com os estrangeiros por aqui, como Abel, Vojvoda, Vitor Pereira e Pezzolano, apenas citando os empregados atualmente, amadureça mais o profissional nacional, credenciando algum pro ciclo a partir de 2026.

Vejo que, muitas vezes, o futebol de seleção é levado mais a sério do que realmente é. Seria divertidíssimo dar a seleção nas mãos de Fernando Diniz e deixá-lo trabalhar com os melhores e todo o tempo do mundo, sem a pressão do dia a dia. 

Copa do Mundo vale muito. Já tudo que antecede deve ser tratado apenas como um grande laboratório. Ainda assim, pela forma como o futebol de clube é disputado, com longas temporadas, uma competição de no máximo 7 jogos é um ponto fora da curva, onde tudo pode acontecer.

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Minha seleção do Brasileirão 2022:

Cássio (Corinthians)
Samuel Xavier (Fluminense)
Gomez (Palmeiras)
Murilo (Palmeiras)
Piquerez (Palmeiras)

André (Fluminense)
Zé Rafael (Palmeiras)
Ganso (Fluminense) 
Scarpa (Palmeiras)

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Dudu (Palmeiras)
Cano (Fluminense) 

Técnico: Abel Ferreira (Palmeiras)
Craque do Campeonato: Gustavo Scarpa
Revelação: Vitor Roque (Athletico)
Menção honrosa: Fausto Vera (Corinthians)

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