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Opinião

Tudo velho como sempre

21/12/2019 às 01:00

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O esquema de "rachadinhas" no Brasil é mais antigo do que andar pra trás, como se diz popularmente. Totalmente ilegal, mas praticamente institucionalizado, dividir o salário de um servidor entre vários é comum dentro dos gabinetes de deputados e vereadores do Brasil todo e faz parte da velha política, esta anunciada como inimiga pelo presidente da República.

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Desde que assumiu o Planalto, Jair Bolsonaro elegeu o combate à corrupção como prioridade e atacou boa parte das instituições, como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Congresso Nacional. No entanto, em menos de um mês de seu governo já começaram a surgir denúncias e suspeitas do enriquecimento ilícito contra o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente.

Segundo o Ministério Público, o ex-assessor de Flávio e ex-policial Fabrício Queiroz teria recebido R$ 2 milhões de 13 colegas do gabinete de Flávio. O MP ainda constatou que o gabinete de Flávio empregava parentes de milicianos. Queiroz chegou a admitir que recebia parte dos valores dos salários dos colegas de gabinete na Assembleia Legislativa do Rio e este dinheiro, segundo ele, servia para remunerar assessores informais de Flávio, sem o conhecimento do então deputado. Queiroz tem relação antiga e íntima com a família. Bolsonaro afirmou conhecer o ex-policial desde 1984 e que pescavam juntos em Angra dos Reis.

Homem de confiança, Queiroz era o foco das investigações, até que a operação do MP apontou que Flávio teria lavado dinheiro que recebeu dos funcionários em compras de imóveis e também em uma loja de chocolates.

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O presidente vê as acusações do Ministério Público do Rio de Janeiro como uma grande armação política encabeçada pelo governador Wilson Witzel (PSC), que recentemente virou seu desafeto. E chamou as acusações contra o filho de "pequenos
problemas".

Como em toda investigação é preciso apurar os fatos com rigor. Se esquivar ou minimizar informações graves não revolvem grandes e nem pequenos problemas. Nada é mais antigo do que proteger a própria família em escândalos de corrupção. Os fatos apurados com rigor serem levados às instituições cabíveis, sem síndromes de perseguição e armação, é o que poderia ser considerado o novo.

A nova política que os brasileiros sonham é a de utilizar os recursos públicos com responsabilidade e combater a corrupção. Sem distinção.

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