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O PSL (Partido Social Liberal) era um partido pouco comentado no cenário nacional até o começo do ano passado, quando a legenda conservadora cresceu sob a onda bolsonarista e elegeu nas eleições de outubro o presidente da República, 52 deputados federais, quatro senadores e três governadores pelo País. O PSL se tornou gigante.
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Após as eleições, porém, a lua de mel entre Jair Bolsonaro e o partido foi arrefecendo mês a mês, até chegar este outubro, quando o presidente sussurrou a um admirador na saída do Palácio da Alvorada: "Esqueça o PSL". Analistas políticos viram no gesto uma forma de Bolsonaro se afastar da sigla no momento em que cresce a suspeita de que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, tenha feito parte de um esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais no ano passado, onde presidia o diretório regional da legenda. A Polícia Federal investiga o caso.
O presidente do PSL, Luciano Bivar, respondeu à declaração de Bolsonaro no mesmo tom: "A fala dele foi terminal, ele já está afastado. Não disse para esquecer o partido? Está esquecido", disse, em entrevista ao blog da jornalista Andréia Sadi, da "Globo" e da "GloboNews".
Uma das poucas vozes sensatas nessa crise foi a do senador Major Olimpio (PSL-SP), que declarou na última sexta-feira: "Bivar foi o único que deu a garantia para que Bolsonaro tivesse um partido para disputar a Presidência da República. O PSL cresceu muito por conta do Jair Bolsonaro. Mas sem PSL e sem Bivar, não existiria Bolsonaro presidente. Eles se completam", afirmou, em tom conciliador.
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Outros aliados de Bolsonaro, porém, estão insatisfeitos com o partido e classificam a situação como "insustentável". Bolsonaro já fez parte de oito partidos em sua vida política. Tudo indica que ele vai incluir mais um no currículo.
Caso o presidente da República realmente deixe a legenda, vai movimentar a sua base de apoio na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, com consequências inesperadas para o Brasil. O resultado pode ser que o presidente passe a ter ainda mais dificuldade para aprovar as suas propostas em ambas as Casas.
Enquanto os políticos do alto escalão do País resolvem as suas rusgas, as reformas fundamentais ao País aguardam na fila de espera.
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