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Polícia

17 mortos na megaoperação do Rio estavam fora de registros criminais

Operação resultou na morte de 117 pessoas, o maior número já registrado em uma ação policial no Rio de Janeiro

Monise Souza

03/11/2025 às 12:30  atualizado em 03/11/2025 às 12:39

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Corporação afirma que mais de 95% dos identificados tinham ligação com o Comando Vermelho e que 54% eram de fora do estado

Corporação afirma que mais de 95% dos identificados tinham ligação com o Comando Vermelho e que 54% eram de fora do estado | Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na noite deste domingo (2/11), o perfil com imagens de 115 das 117 pessoas mortas durante a Operação Contenção, nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro.

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De acordo com a nota da Polícia Civil, 17 pessoas entre os mortos não apresentavam qualquer histórico criminal. O relatório ressalta, porém, que em 12 desses casos há “indícios de envolvimento com o tráfico em redes sociais”, segundo a investigação preliminar.

A Operação Contenção deflagrada pelo governo do Rio de Janeiro, na última terça-feira (28/10), contra a facção Comando Vermelho, teve repercussão internacional por conta das dezenas de mortes.

O levantamento, que reúne informações repassadas pela própria corporação e analisadas pela Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado, traz novos detalhes sobre os perfis das vítimas.

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A operação resultou na morte de 117 pessoas, o maior número já registrado em uma ação policial no Rio de Janeiro. O documento informa ainda que 97 mortos tinham histórico criminal e 59 possuíam mandados de prisão pendentes.

Apesar disso, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou, na manhã de quarta-feira (30/10), que passava de 130 o número de mortos após uma megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro nos complexos da Penha e do Alemão.

Vítimas identificadas

A corporação afirma que mais de 95% dos identificados tinham ligação com o Comando Vermelho e que 54% eram de fora do estado.

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A lista oficial classifica todos os mortos como “neutralizados” e detalha que 62 eram de outros estados, incluindo Pará (19), Amazonas (9), Bahia (12), Ceará (4), Paraíba (2), Maranhão (1), Goiás (9), Mato Grosso (1), Espírito Santo (3), São Paulo (1) e Distrito Federal (1).

O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, apontado como líder do Comando Vermelho, segue foragido seis dias após a ação. Um homem também foi preso na última quinta-feira (31/10), na região central de São Paulo, por suspeita de ser um dos líderes de uma facção criminosa que age no Rio de Janeiro.

Nenhuma das pessoas mortas havia sido denunciada à Justiça pelo Ministério Público do Estado. Em meio às controvérsias sobre a atuação das forças de segurança, a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) anunciou a criação de um observatório para acompanhar as investigações sobre a legalidade das ações das polícias Civil e Militar.

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