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Justiça também autorizou o compartilhamento das provas com a Receita Federal | Reprodução/Rodrigo Coca/Agência Corinthians
A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP) contra o presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo e outros denunciados pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto, nesta terça-feira (22/7).
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Entre os denunciados estão os ex-dirigentes do clube Marcelo Mariano e Sérgio Moura, os empresários Alex Cassundé, Victor Henrique de Shimada e Ulisses de Souza Jorge.
Eles foram indiciados após aparecerem como sócios de empresas intermediárias que receberam parte do dinheiro desviado.
A decisão foi assinada pela juíza Márcia Mayumi Okoda Oshiro da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.
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Márcia entendeu que a denúncia cumpre os requisitos legais e determinou para que os réus apresentem a resposta no prazo de 10 dias.
Além disso, também autorizou o compartilhamento das provas com a Receita Federal e em razão das informações sensíveis, manteve o sigilo dos autos.
Essa acusação faz parte da investigação aberta no ano passado pela Polícia Civil de SP e pelo Ministério Público para investigar possíveis irregularidades no contrato de patrocínio entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet.
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Em nota enviada ao portal g1, a defesa do presidente afastado Augusto Melo afirmou que todas as acusações contra ele são falsas e que ele é vítima de um processo ilegal. Leia a nota completa no fim desta reportagem.
Após investigações, a Polícia Civil encontrou irregularidades no contrato entre o clube e a casa de apostas, além de descobrir o envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Assinado em dezembro de 2023, o contrato previa o pagamento de R$ 360 milhões em três anos. Era o maior patrocínio máster da história do futebol brasileiro na época.
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Entre 2023 e maio de 2024, os investigados teriam realizado movimentações financeiras suspeitas e tentativas de ocultar a origem do dinheiro.
Segundo a denúncia, as provas reunidas incluem quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático, além de relatórios de inteligência e documentos do COAF.
De acordo com o Ministério Público, os valores desviados foram transferidos entre empresas de fachada para esconder a origem ilícita dos recursos.
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Os promotores pediram à Justiça uma indenização de R$ 40 milhões ao clube e o bloqueio de bens de pessoas físicas e jurídicas citadas na investigação.
"O presidente do Corinthians, Augusto Melo, afirma que todas as acusações contra ele são falsas. Ele é vítima de um processo ilegal e repleto de nulidades e abusos, como o acesso a dados do Coaf sem autorização judicial e a participação da Policia Civil e do Ministério Público de São Paulo em um caso de competência da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, uma vez que envolve um contrato internacional.
O recebimento da denúncia pela Justiça é uma etapa formal do processo, que não altera em nada o curso da ação. A defesa vai impetrar os habeas corpus necessários com o objetivo de fulminar esse processo kafkiano e ilegal.
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O presidente Augusto Melo nada deve e nada teme, por isso já solicitou o fim do sigilo que impede o acesso da torcida corinthiana à íntegra dos documentos da ação. A defesa também solicitou que as autoridades competentes, a PF e o MPF, cuidem do caso. Está em curso ainda uma investigação defensiva, conforme regulamentado pela OAB, que comprovará a inocência do presidente legitimamente eleito do Corinthians.
Augusto Melo segue confiante de que a verdade prevalecerá e reitera seu compromisso com a retomada da organização financeira do clube, que sofreu grande retrocesso desde que ele foi retirado do cargo por seus adversários políticos, que hoje conduzem uma gestão conhecida pelo não pagamento de obrigações e depreciação do clube dentro e fora de campo."
* Texto sob supervisão de Matheus Herbert
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