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Polícia

Bens apreendidos em operação contra PCC vão virar viaturas e equipamentos da polícia

Justiça ordenou o sequestro de 49 imóveis, três embarcações e 257 veículos, além do bloqueio de contas

Yasmin Gomes

04/12/2025 às 16:30

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Carros de luxo estão entre os bens apreendidos na Operação Falso Mercúrio

Carros de luxo estão entre os bens apreendidos na Operação Falso Mercúrio | Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo detalhou, na manhã desta quinta-feira (4/12), novos desdobramentos da Operação Falso Mercúrio, ação que mira uma rede responsável por lavar dinheiro para o crime organizado.

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Após o cumprimento dos 54 mandados judiciais na Capital e na Grande São Paulo, as autoridades afirmam que esta é a maior investigação patrimonial e financeira já realizada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com bloqueio de centenas de bens usados para movimentar recursos ilícitos.

Quase 50 empresas no esquema

Durante coletiva, o delegado-geral Artur Dian informou que a investigação identificou 49 empresas de diversos ramos, como lojas de carros, padarias e até fintechs, usadas para dar aparência legal ao dinheiro do crime.

Segundo ele, o objetivo da nova fase foi justamente “quebrar o braço financeiro” que fornecia serviços de lavagem de capitais a criminosos ligados ao PCC.

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“Esse dinheiro sujo, oriundo do crime organizado, passava por essas empresas e voltava para os criminosos. Hoje desmantelamos essa cadeia criminosa”, afirmou Dian.

A investigação revela que a organização atuava de forma profissional, dividida em três grupos:

  • Coletores: arrecadavam o dinheiro proveniente de tráfico, estelionato e jogos de azar;
  • Intermediários: movimentavam os valores, pagavam boletos e faziam transferências abaixo do radar;
  • Beneficiários finais: recebiam os recursos já “limpos”.

Para o diretor do Deic, Ronaldo Sayeg, o nível de organização demonstra a sofisticação do esquema. “São criminosos conhecidos, a maioria ligada ao crime organizado e ao PCC. A movimentação financeira mostrou claramente que eles usavam essas empresas para lavar capitais”, disse.

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Bloqueio e uso de bens

A Justiça ordenou o sequestro de 49 imóveis, três embarcações e 257 veículos, além do bloqueio de contas de 20 pessoas físicas e 37 empresas, totalizando cerca de R$ 6 bilhões.

Para Sayeg, esse ponto foi o maior avanço do dia, “o êxito não foi a apreensão em si, mas os bloqueios. Trabalhamos com restrição patrimonial para desestruturar o crime na base financeira.”

O delegado-geral reforçou que a diretriz da atual gestão da Segurança Pública é justamente a “asfixia financeira” do crime organizado.

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Já o secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, destacou que parte do patrimônio recuperado será destinado ao programa Recupera SP, que converte bens do crime em equipamentos para a segurança pública.

“É uma alegria transformar esse dinheiro em viaturas, armamentos e coletes. Vamos usar recursos do crime para combater o crime”, declarou.

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