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Carros de luxo estão entre os bens apreendidos na Operação Falso Mercúrio | Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo detalhou, na manhã desta quinta-feira (4/12), novos desdobramentos da Operação Falso Mercúrio, ação que mira uma rede responsável por lavar dinheiro para o crime organizado.
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Após o cumprimento dos 54 mandados judiciais na Capital e na Grande São Paulo, as autoridades afirmam que esta é a maior investigação patrimonial e financeira já realizada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com bloqueio de centenas de bens usados para movimentar recursos ilícitos.
Durante coletiva, o delegado-geral Artur Dian informou que a investigação identificou 49 empresas de diversos ramos, como lojas de carros, padarias e até fintechs, usadas para dar aparência legal ao dinheiro do crime.
Segundo ele, o objetivo da nova fase foi justamente “quebrar o braço financeiro” que fornecia serviços de lavagem de capitais a criminosos ligados ao PCC.
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“Esse dinheiro sujo, oriundo do crime organizado, passava por essas empresas e voltava para os criminosos. Hoje desmantelamos essa cadeia criminosa”, afirmou Dian.
A investigação revela que a organização atuava de forma profissional, dividida em três grupos:
Para o diretor do Deic, Ronaldo Sayeg, o nível de organização demonstra a sofisticação do esquema. “São criminosos conhecidos, a maioria ligada ao crime organizado e ao PCC. A movimentação financeira mostrou claramente que eles usavam essas empresas para lavar capitais”, disse.
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A Justiça ordenou o sequestro de 49 imóveis, três embarcações e 257 veículos, além do bloqueio de contas de 20 pessoas físicas e 37 empresas, totalizando cerca de R$ 6 bilhões.
Para Sayeg, esse ponto foi o maior avanço do dia, “o êxito não foi a apreensão em si, mas os bloqueios. Trabalhamos com restrição patrimonial para desestruturar o crime na base financeira.”
O delegado-geral reforçou que a diretriz da atual gestão da Segurança Pública é justamente a “asfixia financeira” do crime organizado.
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Já o secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, destacou que parte do patrimônio recuperado será destinado ao programa Recupera SP, que converte bens do crime em equipamentos para a segurança pública.
“É uma alegria transformar esse dinheiro em viaturas, armamentos e coletes. Vamos usar recursos do crime para combater o crime”, declarou.
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