Caso Tainara: família denuncia vaquinhas falsas e alerta sobre golpes

A família de Tainara Souza, que foi atropelada e arrastada por mais de um quilômetro no último sábado (29/11), na Marginal Tietê, na zona norte de São Paulo, denunciou a criação de vaquinhas virtuais falsas alegando ser para "auxiliar no tratamento da vítima". É um golpe para tirar dinheiro das pessoas.

O alerta foi feito pelas redes sociais. A família reforça que essas campanhas são falsas. "A gente não está pedindo dinheiro, a gente pede só para orarem", disse Luan Henrique, irmão da vítima.

Diferentes vaquinhas foram publicadas em sites de arrecadação solidária. A reportagem da Gazeta encontrou pelo menos duas, mas que já estão fora do ar, após denúncias.

Wilson Zaska, advogado da família, se posicionou em suas redes sociais. Por meio de nota, ele reforçou o pedido do irmão e disse que não há pedidos de ajuda financeira feitos pela família.

Ele ainda informou que os familiares de Tainara estão colaborando com a Polícia Civil para apurar o caso.

Quatro cirurgias

Por conta dos ferimentos, Tainara precisou ter as pernas amputadas e segue internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo os familiares, ela não corre risco de morte e passou por um procedimento cirúrgico para inserir pinos no quadril e uma colostomia, ambos realizados com sucesso na terça-feira (2/12). Já foram necessárias quatro cirurgias, até o momento. Ela não tem previsão de alta.

O suspeito de atropelar e arrastar Tainara foi preso na noite de domingo (30/11), em São Paulo, e passou por audiência de custódia na manhã desta segunda-feira (1º/12). Douglas Alves da Silva, de 26 anos, arrastou a ex-companheira por mais de um quilômetro e continua na prisão.

Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu após Tainara deixar um bar no Parque Novo Mundo. Imagens entregues à polícia por uma testemunha mostram o momento em que ela é atingida e arrastada pelo veículo até a Marginal Tietê.