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Caso Vitória tem reviravolta inesperada após carta de suspeito preso

Caso ocorreu em fevereiro, em Cajamar, e teve ampla repercussão nacional pela barbárie

Matheus Herbert

24/09/2025 às 18:30  atualizado em 24/09/2025 às 19:23

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Vitória Sousa foi morta na madrugada de 27 de fevereiro após sair do shopping onde trabalhava em Cajamar, na Grande São Paulo

Vitória Sousa foi morta na madrugada de 27 de fevereiro após sair do shopping onde trabalhava em Cajamar, na Grande São Paulo | Reprodução

O caso da execução de Vitória Sousa, em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, teve uma reviravolta polêmica nesta semana. 

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Maicol Antônio Sales dos Santos, único suspeito preso pela morte da jovem de 17 anos, enviou uma carta de quatro páginas à mão na qual nega participação no crime e acusa autoridades da Polícia Civil de São Paulo e da Prefeitura de Cajamar de coação.

O caso ocorreu em fevereiro, na região metropolitana de São Paulo, e teve ampla repercussão nacional. 

Na carta, Maicol alega que foi ameaçado para confessar a autoria do assassinato da adolescente. A confissão inicial foi dada por ele em 17 de março, quando ele afirmou à polícia que teve um envolvimento com a vítima e que ela o ameaçava de contar para sua esposa.

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Naquele depoimento, segundo as investigações, Maicol teria admitido ter matado a jovem. 

O suspeito, que segue preso e aguarda julgamento, detalha na carta as supostas ameaças recebidas. Ele afirma que um delegado teria dito: "Se você não cooperar, te deixo de louco e ponho o PCC para cuidar da sua família".

Em nota enviada à Gazeta, a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP) comentou a denúncia. 

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"A denúncia apresentada é investigada por meio de apuração preliminar instaurada pela Corregedoria da Polícia Civil", disse em nota a pasta. 

A Prefeitura de Cajamar também foi procurado e até o fechamento desta matéria não havia se manifestado.  

Denúncia do Ministério Público 

Em abril deste ano, a reportagem da Gazeta, divulgou que Maicol Santos, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por sequestro, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. 

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A Promotoria ainda pediu a conversão da prisão temporária para preventiva, sem prazo para sair.  Para o promotor Jandir Moura Torres Neto, Maicol matou sozinho a adolescente de 17 anos no dia 27 de fevereiro deste ano. 

Apesar disso, o promotor também determinou que a Polícia Civil abra um novo inquérito para investigar se mais uma pessoa o ajudou a ocultar o corpo.

A perícia da Polícia Técnico-Científica encontrou material genético de um homem ainda não identificado dentro do carro de Maicol. A delegacia da cidade vai apurar se essa pessoa participou do crime.

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Confira abaixo os crimes em que Maicol foi denunciado: 

  • Sequestro qualificado: por ter matado uma pessoa com menos de 18 anos para fins libidinosos;
     
  • Feminicídio qualificado: por ter matado a garota pela condição e desprezo por ela ser do sexo feminino, e ter dificultado a defesa da vítima pelo meio cruel (para ocultar um crime anterior, que foi o sequestro) e motivo fútil;
     
  • Ocultação de cadáver: por ter escondido o corpo de Vitória na mata;
     
  • Fraude processual: por três vezes porque limpou o carro dele onde levou o corpo da vítima, bem como usou produtos de limpeza na casa para eliminar vestígios de Vitória e apagou todos os dados do celular dele.

Cronologia do crime 

Vitória Sousa foi morta na madrugada de 27 de fevereiro após sair do shopping onde trabalhava na cidade. 

A vítima acabou abordada pelo assassino após descer no ponto a caminho de casa, segundo a investigação. O corpo foi encontrado em 5 de março com sinais de violência

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Segundo a polícia, Vitória estava nua, com cortes pelo corpo, numa área de mata fechada na região. 

Maicol Santos, morador do mesmo bairro onde a vítima morava, foi preso pela Polícia Civil como o principal suspeito pelo assassinato. Ele está detido desde 8 de março por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. 

O suspeito chegou a confessar o homicídio, porém, a defesa nega e diz que ele teria sido forçado pelas autoridades policiais. 

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